Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

ANTIRRACISMO

Primeira peça da Cia da UFBA dirigida por uma mulher negra traz denuncia e reflexão

Fórum Negro de Arte e Cultura e espetáculo incentivam debates sobre estratégias de resistência e combate ao racismo

04.abr.2019 às 09h00
Salvador (BA)
Jamile Araujo

"Pele Negra, Máscaras Brancas" é a primeira peça da Cia de Teatro da UFBA a ser dirigida por uma mulher negra em mais de 50 montagens. - Adeloyá Magnoni

Não tem como falar de arte e cultura em Salvador e na Bahia e não falar da cultura negra. A produção artística e cultural afro-brasileira foi e é uma das principais formas de combate ao racismo e de organização, resistência e luta antirracista, contribuindo para a formação do movimento negro baiano e brasileiro. Mesmo com esse histórico, ainda é possível observar que essa produção não é valorizada como deveria e não consegue acessar determinados espaços.
É justamente nesse contexto que surge o Fórum Negro de Arte e Cultura (FNAC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na medida em que os estudantes da Escola de Teatro identificaram a ausência de representatividade tanto no corpo docente — majoritariamente composto por professores e professoras brancos — quanto nos conteúdos do curso, eles começaram a se mobilizar.
A professora Alexandra Dumas, da Escola de Teatro, explica que, desde a sua fundação nos anos 1950, esse local sempre foi pautado no modelo europeu ocidental de teatro, refletindo nos currículos e na formação de professores e professoras. “O FNAC teve a primeira edição em 2017, por conta dessa pressão dos estudantes feita à direção [da faculdade] e aos professores, para serem representado em conteúdos, em temas, estéticas, em poéticas”, ressalta. Nessa terceira edição, houve também parceria com a UFSB e a UNILAB.
Alexandra afirma ainda que, desde então, a Escola de Dança também aderiu ao fórum, assim como a Escola de Belas Artes, a Escola de Música e o Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos.
“A experiência do fórum é riquíssima, porque durante cinco dias um público composto majoritariamente por pessoas negras, mas não exclusivamente, está ali reunido, pensando, refletindo, elaborando estratégias de combate ao racismo e também se aquilombando, pensando no conceito proposto Abdias Nascimento, um grande homem do teatro, e também por Beatriz Nascimento uma grande intelectual nordestina, mulher negra e sergipana, que é o conceito de quilombismo. A estratégia de estarmos juntos para criar formas de resistência e ações de combate ao racismo, no caso dentro da Universidade”, aponta.
Para ela, o maior desafio ainda é pensar o fórum para além dos dias de realização. “Nós elaboramos uma carta de reivindicações e enviamos para as unidades envolvidas. E aí percebemos que essas reivindicações vêm de uma forma muito forte e pulsante nesses dias que estamos juntos, mas nos demais dias, ela se depara com a realidade do racismo dentro da universidade”, afirma.

Pele Negra, Máscaras Brancas: denúncia e convite à reflexão

Na abertura da terceira edição do FNAC, em março, ocorreu a estreia do espetáculo Pele Negra, Máscaras Brancas, baseado na obra homônima de Frantz Fanon. A montagem da Companhia de Teatro da UFBA traz, junto com a realização do fórum, questionamentos e reivindicações sobre o racismo e suas consequências nas questões objetivas e subjetivas dos negros e negras. É a segunda peça da Cia, que tem mais de 50 montagens na sua história, com elenco formado por 100% de artistas negros e com temática voltada para a questão negra. E, pela primeira vez, traz na direção uma mulher negra, Onisajé (Fernanda Júlia). 
Onisajé diz que fica 5% lisonjeada em ser a primeira mulher negra a dirigir a Cia de Teatro da UFBA, mas os outros 95% é demarcando espaço político, pois sua presença nesse espaço é uma denúncia. “Demonstra o quanto de racismo existe estruturalmente e institucionalmente, pois com tantos artistas pretas e pretos em Salvador, o repertório dessa companhia está em processo de modificação agora”, explica.
A diretora salienta que a mudança vem na base de muita luta e reivindicação de vários artistas negros que foram estudantes da Escola de Teatro, alunos pretos e pretas da graduação, a mobilização da organização Dandara Gusmão, tudo isso colaborou para que ela pudesse estar encenando esse espetáculo.
Onisajé acredita que o desafio do teatro negro na Bahia é o fomento. “É dinheiro porque talento, competência e criatividade nós temos. Eu não sou a única artista que tem uma carreira, que tem um trabalho, uma contribuição do fazer teatral negro. O maior grupo de Teatro Negro do Brasil em atuação está completando 30 anos no ano que vem: o Bando de Teatro Olodum, e é o único grupo de teatro da Bahia que conseguiu chegar às três mídias: teatro, cinema e televisão. E não consegue patrocínio, vive de tentar se organizar na medida do impossível para estar em cartaz. O maior desafio é vencer o racismo da elite baiana racista que coordena a iniciativa privada, e também da constituição, via governo do estado, de políticas públicas que dividam o recurso de forma equilibrada, para que grupos de teatro preto e indígena possam ter uma oportunidade de colocar em cenas suas poéticas, suas estéticas, criatividades, seu talento cênico”, conclui.

Editado por: Elen Carvalho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

TEATRO

Caixa Cultural exibe espetáculo de aventura infantojuvenil inspirado na obra de Ariano Suassuna

TEATRO

Leitura dramática neste sábado antecipa a montagem teatral de ‘Podres de Ricos’ em Porto Alegre

Defesa do SUS

Marcha pela Saúde Pública denuncia colapso e abandono da saúde no DF

FORMAÇÃO

Curso gratuito sobre a realidade brasileira começa neste mês em BH

FIM DA PARALISAÇÃO

Greve dos trabalhadores da construção civil termina em João Pessoa, mas categoria segue mobilizada à espera de decisão judicial

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.