Pernambuco

SOBREVIVÊNCIA

Governo de Pernambuco quer sediar Copa do Mundo sub-17

A competição aconteceria no Peru, mas o país não atendeu às exigências da FIFA a tempo

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Pouco usada e com custos de manutenção em torno de  R$ 500 mil, Arena tenta se viabilizar
Pouco usada e com custos de manutenção em torno de R$ 500 mil, Arena tenta se viabilizar - Governo de Pernambuco

Na última quinta-feira (4) o Governo de Pernambuco entregou carta na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentando o interesse do estado em sediar a Copa do Mundo sub-17 de futebol. A intenção é que o mundial, a ser realizado entre outubro e novembro deste ano, tenha a Arena de Pernambuco como uma das sedes.

A competição aconteceria no Peru, mas o país não atendeu às exigências da FIFA a tempo e a competição acabou transferida para o Brasil, que já possui arenas habilitadas. A mudança de local pode acarretar na mudança de datas. Inicialmente agendada para outubro deste ano, o mundial pode mudar para novembro. No Peru a competição teria seis cidades-sede, mas ainda não foram definidas quantas sediarão o torneio no Brasil.

A carta de interesse, assinada por Paulo Câmara (PSB), foi entregue pelo secretário de Turismo, Esporte e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes (PSB), responsável pela gestão da Arena de Pernambuco. "Viemos apresentar ao presidente da CBF nosso caderno técnico com informações sobre mobilidade, segurança e operações da Arena. Com isso, Pernambuco larga na frente por ter sido o primeiro Estado a trazer a carta de habilitação para o torneio", destaca Rodrigo Novaes.

A entrega foi acompanhada pelo diretor geral da Arena de Pernambuco, Kleber Borges; pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho; além de presidente e vice da CBF, respectivamente Coronel Nunes e Fernando Sarney, este último responsável pela organização do mundial sub-17 no Brasil.

A Arena

Construída através de uma parceria entre Governo de Pernambuco e a construtora Odebrecht, a Arena é alvo de uma investigação da Polícia Federal que aponta superfaturado de R$ 42,8 milhões (o valor atualizado já ultrapassa os R$ 70 milhões). Com direito de administrar o empreendimento por 30 anos, a construtora não conseguiu fazer a Arena trazer lucro, mas o Governo se comprometeu por contrato em garantir - mesmo que com dinheiro público - o lucro da Odebrecht. Após três anos o poder público rompeu o contrato e passou a administrar a Arena.

Edição: Marcos Barbosa