O Ministério da Educação completou os 100 dias da gestão Bolsonaro marcado por polêmicas e pela paralisia. O colombiano Ricardo Vélez, depois de diversos desgastes, foi substituído por Abraham Weintraub, um economista com íntima relação com o mercado financeiro.
O perfil do novo ministro da educação reafirma que o atual governo não está preocupado com a educação pública de qualidade. Weintraub, que também é defensor do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, foi sócio da Quest Investimentos e diretor do Banco Votorantim.
O ministério ficou paralisado nestes primeiros três meses de 2019 e corre o risco de continuar assim. Se a pasta andar, vai ser no sentido de agradar aos setores privatistas e rentistas, além de manter a perseguição à liberdade de pensamento e do desenvolvimento científico.
Na posse do novo ministro, Bolsonaro deixou nítido que não quer formar estudantes críticos ao dizer: “Queremos que a garotada comece a não se interessar por política.” Ou seja, o presidente afirmou, abertamente, que quer uma nação de “analfabetos políticos”. A frase é um escárnio ao povo brasileiro e apenas reforça que a educação não é prioridade desse governo.
Edição: Paula Cozero e Ricardo Pazello