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sem teto

Após um ano, vítimas do incêndio no Largo do Paissandú não têm respostas definitivas

Desabrigados pela tragédia recebem auxílio-moradia de R$400, mas recurso não é suficiente para pagar aluguel

01.maio.2019 às 12h26
São Paulo (SP)
Rute Pina
Bombeiros trabalharam por 11 dias nas buscas após incêndio, que deixou sete vítimas fatais

Bombeiros trabalharam por 11 dias nas buscas após incêndio, que deixou sete vítimas fatais - José Eduardo Bernardes

Um ano após incêndio no prédio do Largo do Paissandú, as famílias desabrigadas do edifício Wilton Paes de Almeida ainda não têm uma resposta definitiva da Prefeitura de São Paulo para o problema habitacional.

Na madrugada do dia 1º de maio de 2018, a tragédia deixou sete vítimas fatais e 291 famílias sem ter onde morar. Hoje, elas recebem R$ 400,00 de auxílio-moradia. 

O edifício de 24 andares que desabou pertencia à União e estava emprestado ao município. O prédio estava abandonado há 17 anos e foi ocupado Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM), em 2012.

As famílias passaram três meses acampadas no Largo do Paissandú, buscando uma solução junto ao poder público. Após a tragédia, as vítimas foram cadastradas para receber o auxílio-moradia pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), órgão do governo estadual — a partir de agora, este valor será repassado pela Prefeitura até o atendimento habitacional.

Nesta quarta-feira (1º), movimentos de moradia e as famílias que moravam no Wilton Paes de Almeida farão uma manifestação em frente ao terreno onde ficava o prédio, com homenagens às vítimas do desastre. O principal objetivo, porém, é dar visibilidade à situação das famílias desabrigadas e cobrar o poder público por saídas habitacionais definitivas.

Tragédia e a luta por nova moradia

O ambulante Adilson da Silva, de 49 anos, que trabalha vendendo batatas fritas no Viaduto do Chá, tem memórias recorrentes daquele dia. Ele morava no terceiro andar do prédio já havia quatro anos. Saiu com sua família sem tempo de conseguir levar nada, nenhum pertence. 

"Eu tava dormindo, era mais ou menos 1h30 da manhã, quando ouvi um estouro. O vidro estourou por causa da quentura. Quando olhei para o prédio da frente, vi um clarão. Eu fiquei desesperado. Acordei minha esposa e meu filho e saímos correndo", recorda-se. 

O incêndio começou com um curto-circuito no quinto andar e logo se alastrou por todo o edifício por conta da quantidade de material inflamável que havia no local. “Eu perdi tudo o que tinha. Não sei quem é o responsável. Como o prédio se encontrava abandonado, eu tinha todo o direito de estar morando lá porque eu não tinha condições de pagar aluguel. Eu só queria entender quem é que vai arcar com esse prejuízo”, relata.

Os R$ 400 do auxílio-moradia, conta Adilson, não são suficientes para pagar um aluguel na região central. Assim que passou a receber o auxílio, o ambulante foi morar no Butantã, zona Oeste da capital paulista. Lá ele pagava R$ 450 em um quarto com banheiro; por outro lado, começou a ter uma despesa maior com transporte. 

"Com a passagem de ida e vinda pra mim e pra minha esposa, R$ 160 dela e R$ 240 meu, ficava caro. Não tinha como eu permanecer lá. Vim de novo para o centro porque trabalho aqui", explica.

Recentemente, ele e a família voltaram a morar em uma ocupação no centro da cidade e pagam uma contribuição de R$200 para manutenção do prédio, assim como outras famílias que não conseguiram encontrar um aluguel dentro do valor do auxílio-moradia.

Programas de habitação paralisados

Coordenador da Central de Movimentos Populares (CPM), Benedito Barbosa acompanhou as famílias que acamparam no Largo do Paissandú e integrou a comissão de vítimas do incêndio para fazer o processo de negociação com a Prefeitura. 

“A gente agora está nessa espera. Ainda não tem uma solução definitiva e as famílias não têm perspectivas… Com a paralisação dos programas de habitação no Brasil, com o desinvestimentos em habitação na cidade. Tudo depende dos programas federais, que estão paralisando, praticamente”, lamenta.

Barbosa também explica que a mensalidade cobrada em ocupações é para garantir um fundo de obras nas ocupações. Ele afirma que os movimentos tiveram que se organizar para fazer os reparos em prédios ocupados na região central, mesmo acionando a Prefeitura sobre os riscos.

"A gente tinha pedido, no ano passado, a instalação de um programa de prevenção de incêndios, o Previn, para criar as brigadas de incêndios nos prédios ocupados na cidade de São Paulo. E a Prefeitura não criou o programa. Tudo o que foi feito de melhoria nos imóveis foi feito por conta das famílias, que tiveram que pagar o custo das melhorias habitacionais", explica Barbosa.

O Brasil de Fato entrou em contato com a Secretaria Municipal de Habitação, mas não obteve retorno até essa publicação. Outra proposta dos movimentos populares de moradia foi a criação de um convênio com as concessionárias de energia para ligação de energia elétrica.

Déficit habitacional

Na semana passada, o governo federal anunciou que os recursos do Minha Casa Minha Vida podem terminar em junho. O programa nacional é central para criação de habitações populares, principalmente nas faixas de subsídios para a famílias de baixa renda. 

A Prefeitura calcula o déficit habitacional no município em 358 mil moradias. Segundo o governo municipal, seria necessário investimento de R$ 46 bilhões para sanar o problema habitacional da cidade.

Editado por: Rodrigo Chagas
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