No discurso, Bolsonaro afirma que a reforma da previdência é necessária. Mas não é bem assim. Quando fala em “economia” de mais de R$ 1 trilhão em dez anos, ele quer dizer que esse dinheiro sairá do bolso dos trabalhadores e dos mais pobres rumo ao sistema financeiro, para o pagamento de juros a banqueiros.
É a história do Brasil em seus mais 500 anos: tirar dos mais pobres e encher os cofres dos mais ricos. Afinal, o governo não cobra as empresas que devem cerca de R$ 450 bilhões à previdência, dentre elas a JBS, o Bradesco, Lojas Americanas e a Vale, como já provou a CPI da Previdência.
E com as mudanças como a chamada “capitalização” o que ocorrerá é o fim da aposentadoria como conhecemos hoje. Isso porque temos hoje 13 milhões de desempregados e boa parte das pessoas não tem trabalho para contribuir por 30 anos ou mais e chegará à velhice sem nenhuma garantia para comprar comida, remédios etc.
Isso já ocorre em países que implantaram esse sistema que querem trazer para o Brasil, caso do Chile e Peru. Essa edição especial sobre a previdência social do Brasil de Fato Paraná soma-se às lutas unitárias do Primeiro de Maio e à resistência pelo direito à aposentadoria.