RESULTADO

Centro-esquerda vence eleições presidenciais no Panamá

O opositor Laurentino “Nito” Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático (PRD), levou a vitória nesse domingo

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Aliança da centro-esquerda panamenha "Uniendo Fuerzas" (Unindo Forças) foi declarada virtualmente vencedora
Aliança da centro-esquerda panamenha "Uniendo Fuerzas" (Unindo Forças) foi declarada virtualmente vencedora - Foto: Divulgação Facebook

As eleições presidenciais do Panamá foram vencidas pelo candidato da centro-esquerda, Laurentino "Nito" Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático (PRD), conforme anúncio do Tribunal Eleitoral do país neste domingo (5). No momento do informe, Cortizo tinha 33,08% dos votos, com mais de 92% das urnas apuradas.

Em segundo lugar ficou o empresário Rômulo Roux, líder do partido de direita Mudança Democrática (CD, em espanhol), com 31,06% dos votos. Logo abaixo, ficou o candidato livre Ricardo Lombana, com pouco mais de 19% dos votos. Na quarta posição aparece o candidato governista José Blandón, com mais de 10% dos votos.

"A vitória é nossa. Graças a Deus, o Panamá decidiu o seu futuro, o Panamá ganhou! Apelo a todos os panamianos que se unam para resgatar o país e construir pontes que nos levem adiante", disse Cortizo, que tem 66 anos e foi ex-ministro da Agricultura, em seu discurso da vitória.

Já Roux, da coalizão de centro-direita e apoiado pelo ex-mandatário Ricardo Martinelli, que está detido, denunciou supostas irregularidades e anunciou que não reconhecerá os resultados.

A vitória do ex-ministro trouxe de volta ao Poder Executivo o histórico Partido Revolucionário Democrático, depois de dez anos na oposição. Na corrida à presidência, Cortizo apresentou um discurso nacionalista, com promessas de governar com autonomia e firmeza, para reorientar o Estado por meio de uma reforma legislativa constitucional e reduzir a corrupção, depois de um escândalo envolvendo a empreiteira Odebrecht.

A empresa brasileira admitiu ter distribuído ao menos US$ 100 milhões em propinas a servidores públicos entre 2006 e 2014. A Odebrecht concordou em compensar o Panamá com US$ 220 milhões em reparações ao longo de 12 anos, o que levou ao arquivamento do processo contra a construtora.

* Com informações da Agência Brasil

Edição: Marcelo Ferreira