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Início Bem viver Cultura

LITERATURA

Dos contos às poesias de quebrada: oito anos de Sarau da Onça em Salvador

Através da arte jovens se organizam para valorizar bairro periférico e lançam terceiro livro

09.maio.2019 às 08h34
Salvador (BA)
Jamile Araujo
O novo livro reúne poemas e contos de diversos autores e autoras.

O novo livro reúne poemas e contos de diversos autores e autoras. - Divulgação Sarau da Onça

O Sarau da Onça surgiu em maio de 2011, idealizado por quatro jovens moradores de bairros periféricos de Salvador: Sussuarana e Engomadeira. Inicialmente com o objetivo de confrontar as notícias veiculadas com respeito ao bairro de Sussuarana, e mostrar o polo cultural que a comunidade sempre foi. Sussuarana é o nome de uma espécie de onça, por isso o nome deste sarau. Já se foram oito anos recém-completados no dia sete deste mês. Para comemorar o aniversário, eles irão lançar o terceiro livro “O Diferencial da Favela: Dos Contos às Poesias de Quebrada”.

Desde o início o Sarau acontece no CENPAH – Centro de Pastoral Afro Padre Heitor, a cada 15 dias, e todos os sábados durante os meses de maio e novembro. Embora essa parceria garanta o espaço físico, eles enfrentam muitos desafios, segundo Sandro Sussuarana, poeta, produtor e um dos idealizadores do Sarau. “Principalmente na questão financeira, pois o Sarau é completamente gratuito e as pessoas que são envolvidas no processo de produção são todas voluntárias. Então, conseguir conciliar nossas vidas pessoais, trabalho, estudo e relacionamentos, com a produção do Sarau, sempre foi o nosso maior desafio. Se tivéssemos investimentos poderíamos fazer mais ações, além das que já fazemos ao longo desses oito anos”, pontua.

Além de mostrar o lado cultural e valorização de Sussuarana, o Sarau da Onça ultrapassou as barreiras e incentivou a criação de Saraus em outros bairros, o que deixa a equipe muito feliz. “Para nós isso é uma felicidade imensa, saber que estamos contribuindo para despertar o senso critico em outros bairros, nos faz acreditar ainda mais que o que fazemos é importante, que a poesia salva, que podemos ser muito além do que nos foi destinado. Ver a periferia dando seus gritos através da arte e falando o quanto este espaço tem e produz muita cultura é o combustível para que a cada dia nós continuemos fazendo o nosso “corre”, para cada vez mais vermos a nossa periferia nas capas de jornais, revistas, livros e não mais nos boletins policiais”, ressalta Sandro.

O grupo também realiza oficinas de escrita, dança e teatro, além debates com temas importantes como Feminismo Negro, Extermínio da Juventude Negra, Comunicação e Jornalismo, e recentemente sobre Depressão e Suicídio. O objetivo é falar de temas que tocam a juventude negra e a população periférica.

Daiane Oliveira, jornalista e assessora de imprensa do Sarau, avalia que as experiências de organização de jovens na preferiria através da arte são importantes para combater as estruturas de opressão, o genocídio, a invisibilização e a marginalização da população negra. "A literatura durante muitos anos foi excludente, assim como o conceito de arte e culturas. Por isso, quando a poesia marginal traz uma realidade que esses jovens conhecem e diz que o que eles escrevem e recitam também faz parte da arte, de uma cultura, muda vidas. O que é feito nos saraus é transformador, pois muda paradigmas. O reconhecimento da escrita de uma vivência é uma ferramenta poderosa para confrontar um sistema opressor".

“O Diferencial da Favela: Dos Contos às Poesias de Quebrada”

O terceiro livro do Sarau da Onça “O Diferencial da Favela: Dos Contos às Poesias de Quebrada” será lançado no próximo sábado 11 de maio, e é fruto do “Festival de Arte, Cultura e Concurso Literário Sarau Da Onça” que é realizado desde 2014. Através da aprovação no “Edital Arte todo dia Ano IV”, da Fundação Gregório de Matos, da Prefeitura de Salvador, foi aberto o concurso para receber poemas e contos. Uma equipe foi montada para selecionar os textos, cada autor ou autora selecionados teve dois de seus textos publicados. A capa foi ilustrada por Zezé Olukemi, a orelha feita por Jamile Menezes, jornalista idealizadora do Portal Soteropreta, e o prefácio da Professora Doutora Luciana Moreno.

Sandro Sussuarana acredita que o terceiro livro do Sarau representa ainda mais uma consolidação do que vem sendo construído ao longo desses oito anos. “Mostra também o quanto fomos assertivos em expor o lado cultural e militante do nosso bairro, de forma a impulsionar outros bairros e coletivos a fazerem. E de certa forma nos unir, mostrando que a periferia tem voz e vez”, conclui. 

Serviço:
O que:
Lançamento do “O Diferencial da Favela: Dos Contos às Poesias de Quebrada” organizado pelo Sarau da Onça.
Quando: 11 de maio de 2019 às 19 horas
Onde: CENPAH – Centro de Pastoral Afro Padre Heitor, R. Albino Fernandes, 59 – Novo Horizonte

Editado por: Elen Carvalho
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