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Coluna Curto e Grosso | Copa do mundo das mulheres, TV e figurinhas

Cada passo deve ser pensado para que o futebol jogado por elas alcance melhores condições para existir

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |

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Bastou o anúncio do álbum da Panini ser feito nas redes sociais para que surgissem comentários machistas
Bastou o anúncio do álbum da Panini ser feito nas redes sociais para que surgissem comentários machistas - Foto: Reprodução

Salve salve, meu povo! Tudo bem aí? A Rede Globo já está anunciando em sua programação que transmitirá em junho o mundial de futebol feminino, que será disputado na França. Será a primeira vez que o principal veículo de televisão do Brasil vai transmitir o evento. No início do mês, a TV Bandeirantes divulgou que transmitirá os jogos do campeonato brasileiro feminino, torneio que estará pela primeira vez na TV aberta. Aos poucos, o futebol feminino vai ganhando mais espaço na mídia, o que é fundamental para o desenvolvimento da modalidade. Mas falta também infraestrutura, a consolidação de clubes com a modalidade e, claro, a presença do torcedor no estádio. 
Cada passo deve ser dado e pensado para que o futebol jogado pelas mulheres alcance melhores condições para existir. Mesmo que os eventos televisionados representem um grande avanço e sejam a prova de como existem pessoas comprometidas com a modalidade, o preconceito ainda é um grande obstáculo. A editora Panini, famosa por vender álbuns dos mais diversos campeonatos de futebol, lançou neste ano o álbum do mundial feminino. Bastou o anúncio ser feito nas redes sociais para que comentários machistas e tacanhos inundassem a página da editora. Que mais jogos do futebol feminino ocupem a programação de TV para que um álbum de figurinhas da Copa das mulheres seja tão natural quanto os álbuns dos marmanjos. Saudações!
 

Edição: Elis Almeida