Paraná

Desmonte da educação

“UFPR fecha no segundo semestre se o corte no orçamento for mantido”, diz reitor

O debate sobre o corte de verbas da educação federal foi proposto pelos deputados Professor Lemos (PT)

Porém.net | Curitiba (PR) |
Reitor da UFPR, Ricardo Fonseca, afirma que universidade fecha se proposta de corte seguir
Reitor da UFPR, Ricardo Fonseca, afirma que universidade fecha se proposta de corte seguir - Dálie Felberg/Alep

O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Fonseca, foi claro: a universidade vai fechar no segundo semestre se o corte de verba aplicado pelo Governo Federal ao repasse feito às instituições federais de ensino continuar nos próximos meses. No começo deste mês, o Ministério da Educação reduziu 30% do recurso enviado às 63 universidades e aos 38 institutos federais do País, o que equivale a R$1,7 bilhão a menos nos orçamentos anuais. Aqui no estado, o total dos cortes chega a 120 milhões.

“O corte de 30% é de quase R$ 50 milhões. Nessa altura do ano, o corte vai inviabilizar as atividades já a partir do início do segundo semestre. Essa é uma situação de todas as universidades federais”, comenta o reitor.

Além da UFPR, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana e o Instituto Federal do Paraná, que atendem mais de 100 mil alunos, também tiveram seus créditos orçamentários diminuídos. O governo federal usa o termo “contingenciamento” quando se refere ao corte, mas para o reitor, isso não passa de uma “fake News” usada para segurar o impacto negativo da medida perante a população.

“Colocar os cortes no bolo para transformar em um índice pequeno é uma coisa que maquia a realidade. O que importa é que aquelas verbas que nós temos disponíveis para fazer a universidade funcionar, o custeio, foi feito o corte”, explica.

O debate sobre o corte de verbas da educação federal foi proposto pelos deputados Professor Lemos (PT) e o primeiro-secretário Luiz Claudio Romanelli (PSB). Depois da explicação sobre as dificuldades que as instituições federais de ensino enfrentam, o parlamentar Professor Lemos confirmou que um requerimento, já assinado por 27 deputados e aprovado no fim da sessão plenária, e que pede a suspensão do corte, vai ser enviado ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao MEC.

“Preparamos um requerimento solicitando ao presidente da República e ao ministro da Educação que suspendam esse corte previstos das nossas universidades”, solicita Lemos.

Edição: Laís Melo