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Início Política

ECONOMIA

“Onde não tem banco, não há desenvolvimento”, afirma dirigente dos bancários

Suzineide Rodrigues também explicou o papel dos bancos públicos com as políticas públicas de distribuição de renda

03.jun.2019 às 18h49
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h49
Recife (PE)
Iyale Tahyrine
A presidenta dos bancários explicou porque a privatização dos bancos públicos é ruim para o país

A presidenta dos bancários explicou porque a privatização dos bancos públicos é ruim para o país - CONTRAF/CUT

Em entrevista ao Programa Brasil de Fato Pernambuco, que vai ao ar de segunda a sexta-feira às 14 na Rádio Clube AM 720, Suzineide Rodrigues, presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, explicou porque a privatização dos bancos públicos é ruim para o país e comentou sobre o papel histórico que os bancos públicos têm cumprido no Brasil.

Brasil de Fato: Porque a privatização dos bancos é um mau negócio para o Brasil?
Suzineide Rodrigues: Primeiro porque são os bancos públicos que fornecem as condições para o Brasil se desenvolver. Seja na educação, na saúde, na infraestrutura, na agricultura familiar. Os bancos promovem desenvolvimento social e econômico em todo o país. Nas pequenas cidades de PE e no Brasil, a sobrevivência e o fomento das cidades são feitos pelos bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste. É um mau negócio porque vai faltar desenvolvimento, comida na mesa e vai prejudicar os municípios. 
BdF: Esses mesmos bancos são os que fornecem crédito imobiliário e agrícola no Brasil. Como tudo isso será impactado com uma possível privatização?
Suzineide: A verba do FGTS e das lotéricas tem um percentual de quase 40% que vai para investimentos na seguridade social e políticas públicas e nisso a Caixa tem um papel importante. Vai ter um impacto na habitação popular, porque o governo já disse que não vai mais ter o Minha Casa Minha Vida com casas próprias e sim um aluguel pra vida toda, ou seja, prejudicando a população de baixa renda que tem o sonho da casa própria. Os empresários da construção civil também perdem com isso porque não vai ter mais o dinheiro que vinha das loterias e FGTS para investir no setor imobiliário. Isso mexe na economia de micro e pequenas empresas, na agricultura e mexe, também, na condição daqueles que precisam da Caixa como programa social.
BdF: Os bancos públicos geram lucro para o Estado Brasileiro?
Suzineide: Muito lucro! Todos os bancos públicos lucram. Só a caixa teve, em 2018, R$ 12,7 milhões, então é um aumento de 40% em relação ao ano anterior. As loterias investem 37% do total que elas arrecadam na educação, saúde, segurança pública, esporte e cultura. Quando você tira esse percentual do total de lucro, tem uma grande soma de dinheiro que não vai mais diretamente para a população. O Banco do Brasil arrecadou R$ 12,8 bilhões em 2018 e 70% do investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é no BB e Caixa. Então, é a situação que eu já havia falado: se não tem investimento na agricultura familiar e no campo, a cidade acaba tendo prejuízo. Se você tem bancos públicos com o compromisso do desenvolvimento, bastaria ter responsabilidade, se o governo assim quisesse.
BdF: Como a privatização afetará as pequenas cidades?
Suzineide: São 5.590 municípios brasileiros, deles 60% contam com uma ou mais agências e 17% só tem banco público, isso equivale a quase mil municípios. Num estudo do DIEESE, a estimativa é de que 57 cidades brasileiras vão ficar sem agência bancária. Em várias audiências públicas no interior do estado nós falamos sobre o papel do banco público e a gente viu lá depoimentos que mostravam o papel daquele banco naquela cidade. Por exemplo, onde não tem banco, não há desenvolvimento no comércio, porque a pessoa acaba viajando pra sacar o dinheiro e gasta por lá mesmo. Os municípios serão prejudicados e com a reforma da previdência isso piora, porque essas cidades vivem basicamente dos bancos públicos, aposentadorias e benefícios e dos programas sociais. 
BdF: Qual o papel dos bancos públicos cumprem historicamente no Brasil?
Suzineide: Uma vez foi adiado o leilão da Lotex, a loteira da caixa, porque não tem gente pra concorrer. Isso é um estratégia para abaixar o valor dela. A concorrência era um empresa estrangeira e ela vai ter mais de 15 anos de concessão quem vai emprestar o dinheiro para a compra é o BNDES. Como é que vão vender uma parte da caixa que dá lucro, que promove política social, para uma empresa de fora e o governo vai emprestar dinheiro para vender a empresa? A Caixa como está continua dando lucro e o BNDES deveria investir em outras áreas, inclusive as empresas brasileiras. Os bancos públicos são muito poderosos, porque a crise mundial aqui no brasil por muito tempo foi segurada pelos nossos bancos públicos, que são fortes e nos outros países não tem. 
BdF: Como a reforma da previdência afeta os bancos públicos?
Suzineide: Nos bancários, temos uma convenção de 24 anos que é coletiva e nacional, que vale tanto para bancos públicos quanto os privados, em que a aposentadoria é aos 55 anos para as mulheres e 60 para os homens. A gente, com a reforma da previdência, vai ter que se adequar para esse modelo, que é o da carteira verde e amarela. O impacto da reforma da previdência vai acontecer com o aumento da idade das mulheres para se aposentar, em algumas categorias esse aumento é de 10 anos. Essa reforma pega os bancos públicos e privados. Os bancários já pagam um programa de previdência e o governo está de olho nesses fundos bilionários, que são administrados entre o governo e bancários, eles já querem mudar a forma de gestão desse dinheiro para dar ainda mais lucro aos bancos privados.

Editado por: Monyse Ravenna
Tags: bancospernambucoprivatizaçao
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