Seminário

Corte de investimentos coloca em risco programas de combate à sede, afirma ASA

Integrante da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) fala sobre projeto que levou água para mais de 1 milhão de famílias

Brasil de fato | Guararema (SP) |

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Programa de cisternas democratizou acesso à água no Semiárido
Programa de cisternas democratizou acesso à água no Semiárido - Ubirajara Machado

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma das mais de 50 organizações presentes no Seminário Terra e Território: Desigualdade e Lutas. O encontro acontece entre os dias 6 e 8 de junho na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). O encontro busca construir uma plataforma unificada para enfrentar os desafios para um programa de soberania nacional com foco no debate da posse e do uso da terra e dos bens da natureza.

Uma das principais atuações da ASA é como rede de articulação para execução do programa de cisternas no Semiárido. A tecnologia social passou a ser financiada pelo Ministério do Desenvolvimento Social em 2003 e democratizou o acesso à água especialmente a populações da zona rural desta região.

Desde o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, segundo Cristina Nascimento, integrante da ASA, o programa está em situação de risco, pois perdeu aproximadamente 90% dos recursos, e segue sem perspectivas de novas parcerias com o atual governo.

"No ano passado, a gente fez a Caravana do Semiárido Contra a Fome e denunciou todos esses cortes, especialmente nos programas para a agricultura familiar, entre eles o de cisternas. Hoje a ASA está na administração de um recurso muito pequeno e não temos nenhuma ação direta com o Governo Federal, no sentido de perspectiva de novas parcerias. O que a gente tem já está encerrando, são contratos de processos anteriores", completa Cristina. 

A entrevista completa está disponível em áudio

Acompanhe no Brasil de Fato a cobertura especial do evento.

 

Edição: Geisa Marques