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Política

Editorial | O escândalo de Moro e Dallagnol

Mas o que vimos foi o oposto: Moro foi jogador, juiz e cartola, e a condenação de Lula foi uma jogada fraudada

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Lava Jato sempre a guiou foi a sua ação política contrária ao PT
Lava Jato sempre a guiou foi a sua ação política contrária ao PT - Lula Marques | Agência PT

Não há dúvidas: o ministro da Justiça, Sergio Moro, precisa renunciar ao cargo, bem como o procurador Deltan Dallagnol tem que ser afastado da coordenação da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná. E o ex-presidente Lula precisa responder em liberdade, uma vez que não foi julgado em primeira instância por um juiz isento.

O material divulgado pelo site Intercept escancara a “parceria” entre o então juiz Moro e Dallagnol, o que é inaceitável no Direito brasileiro. Deveria prevalecer o chamado sistema acusatório, quando o juiz não interfere na produção de provas. Mas o que vimos foi o oposto: Moro foi jogador, juiz e cartola, e a condenação de Lula foi uma jogada fraudada!

Mais do que isso: a Lava-Jato se apresenta como neutra, técnica e imparcial. Mas, na realidade o que sempre a guiou foi a sua ação política contrária ao PT. Para isso, não acabaram com a corrupção, mas paralisaram a principal empresa pública nacional, a Petrobrás. Sendo assim, é urgente que toda a verdade venha à luz e que a sociedade tenha acesso a todos os materiais de conversas entre Moro e Dallagnol acessados pelo Intercept, com garantia também à integridade dos jornalistas. É fato que a prisão de Lula permitiu a vitória de um candidato antipopular. Hora de reparar tantos equívocos!

Edição: Pedro Carrano e Ricardo Prestes Pazello