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Resistência

Ancestralidade e cuidado são temas do 1º Encontro Nacional de Povos de Terreiro

Mais de 400 lideranças de axé discutem a importância de entender a saúde como território de disputa política

16.jun.2019 às 09h58
Belo Horizonte (MG)
Agatha Azevedo
Encontro Ègbé, acontece entre os dias 13 e 16 de junho, em Belo Horizonte (MG)

Encontro Ègbé, acontece entre os dias 13 e 16 de junho, em Belo Horizonte (MG) - Foto: Rafael Stedile

A ancestralidade dos povos de terreiro como estratégia de resistência e luta política para pensar as relações entre o eu e o outro. Esse é um dos objetivos do – Encontro Ègbé –  que acontece desde quinta-feira (13) e termina neste domingo (16), em Belo Horizonte (MG). Os grupos religiosos se reúnem pela primeira vez a fim de construir ações coletivas para os desafios em seus territórios no próximo período.

Com o tema “Os Territórios Tradicionais e os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, a mesa redonda da noite de sexta-feira (14) iniciou o debate sobre a relação entre os quintais e terreiros religiosos e a luta por territórios livres de agrotóxico e pela alimentação saudável, que se desdobrou em grupos de trabalho ao longo de todo o sábado (15).

Além da manutenção dos terreiros, e do direito ao culto religioso, as lideranças reunidas reafirmam o compromisso de lutar pela descolonização dos corpos através da saúde popular e dos cuidados tradicionais.

Segundo a médica Ângela Gomes, os povos de terreiro não separam o alimento que sacia o corpo do alimento que promove a cura, pois esta concepção vem de um entendimento cartesiano da vida, que limita e separa os saberes conforme categorias de utilidade. Para estes povos, que consideram o alimento de remédio é importante entender a luta contra o uso de agrotóxicos, pelo respeito à natureza e pela terra como uma bandeira de emancipação.

Esses grupos produzem alimentos com os princípios da agroecologia – prática que respeita o solo e a natureza, com o cultivo a partir do cuidado e cobertura do solo, simulando o ecossistema das florestas – as religiões de matriz africana entendem que a terra, a biodiversidade, a água, e o minério não são mercadoria.

Gomes fala da necessidade de questionar e impedir a apropriação de conhecimentos milenares sobre a natureza por parte capitalismo, e da construção de políticas públicas que considerem a cultura tradicional de terreiro. “A gente tem o direito de coletar nossas plantas e não podemos ser presos por isso. Quando falo de biodemocratização, a gente quer que esse conhecimento se reverta como direito do patrimônio que o Candomblé tem, e a Umbanda também”, comenta.

Para os povos de axé, a “biodemocratização” refere-se não só o uso e preservação da natureza, mas as práticas ancestrais vindas da África que são uma forma de defesa do meio ambiente e autodefesa, pois não há separação entre o ser humano e o espaço que o rodeia. Eles enfatizam que biodemocratização tem a ver também com o respeito e à tolerância religiosa.  

Mãe Kelma de Iemanjá, coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afrobrasileiras e Saúde, reforçou a importância da memória ancestral para afirmar que houve um longo processo de aprendizado e resistência para que hoje a luta dos povos de terreiro pudesse avançar. Segundo ela, é dever das religiões de matriz africana se ocupar com o todo da vida, pois é no coletivo que se cura.

''Quando a gente defende o meio ambiente, quando a gente cuida da terra, quando quer uma alimentação de qualidade, a gente está falando de saúde e saúde é todo esse complexo.  No terreiro a gente vai cuidar das pessoas, a partir do manuseio que a gente faz das plantas, das árvores, das folhas."

Mãe Kelma ressalta que é preciso acabar com a desinformação, que traz estereótipos e preconceito.Um exemplo é o conhecimento sobre as práticas curativas que servem para trazer alívio aos males físicos e espirituais para as pessoas da comunidades que os terreiros estão inseridos.  

Para ela, este trabalho é circular e tem seu papel na resistência política. “Quando a gente luta contra a Reforma da Previdência, a gente está querendo saúde, qualidade de vida, um bom envelhecimento das pessoas, então tudo isso para gente é saúde”, explica Kelma, que faz parte do Núcleo do Povo de Terreiro do Partido dos Trabalhadores do Ceará. 

A mãe de santo explica que saúde e luta caminham juntas, seja na defesa dos territórios, da alimentação saudável, e de um novo projeto de Brasil, e por isso são tão centrais para a discussão do Encontro “Ègbé – eu e o outro”. “Luta pra gente, ser resistência, é uma maneira de você gerar uma nova existência, uma existência que não seja essa existência do modelo civilizatório do capitalismo, porque ele não nos contempla, nunca nos contemplou”, afirma.

 

Editado por: Anelize Moreira
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