MANDATÁRIO DEPOSTO

Ex-presidente do Egito Mohamed Mursi morre após deixar tribunal

Uma das principais figuras da Irmandade Muçulmana, Mursi foi eleito em 2012 nas primeiras eleições livres do país

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Mursi foi eleito em 2012 nas primeiras eleições livres do país após a saída do líder Hosni Mubarak, durante a chamada "Primavera Árabe"
Mursi foi eleito em 2012 nas primeiras eleições livres do país após a saída do líder Hosni Mubarak, durante a chamada "Primavera Árabe" - Foto: STR/AFP

O ex-presidente do Egito Mohamed Mursi morreu nesta segunda-feira (17) após deixar uma audiência judicial em um tribunal no Cairo.

Segundo a emissora estatal egípcia, Mursi sofreu um mal-estar e chegou a desmaiar durante o julgamento. A causa da morte ainda não foi informada. O ex-mandatário foi preso após ser derrubado do cargo em 2013 durante um golpe de Estado comandado pelo atual presidente do país, o general Abdel Fatah al-Sisi.

Uma das principais figuras da organização islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi foi eleito em 2012 nas primeiras eleições livres do país após a saída do líder Hosni Mubarak, durante a chamada "Primavera Árabe".

O ex-mandatário cumpria pena de 20 anos de prisão por suposta incitação de assassinato de manifestantes em 2012 e enfrentava outra condenação de 25 anos por supostamente ter segredos de Estado à agentes do Catar.

O governo de Mursi possuía apoio de vizinhos como os Emirados Árabes e a Arábia Saudita. O ex-presidente chegou ao poder embalado pelos acontecimentos políticos que transformaram o mundo árabe e foram chamados de "primavera" pela imprensa ocidental, enquanto muitos egípcios acreditavam que ele conseguiria "corrigir" os defeitos do governo de Mibarak. 

Já nos últimos dia no cargo, Mursi ainda convocou protestos em defesa do governo, o que polarizou a sociedade e rendeu a ele a acusação que o colocaria mais tarde na prisão.

Edição: Opera Mundi