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ESPORTE

Falta de incentivo e futuro incerto: a saga de jogadoras de futebol no RJ

Diferente das cifras milionárias do quadro masculino, o retorno financeiro para elas é muito mais difícil

01.jul.2019 às 18h50
Atualizado em 17.fev.2025 às 02h11
Rio de Janeiro (RJ)
Clivia Mesquita
Campanha de arrecadação vai financiar viagem de Natália para estudar Educação Física e jogar futebol nos Estados Unidos

Campanha de arrecadação vai financiar viagem de Natália para estudar Educação Física e jogar futebol nos Estados Unidos - Vasco

De Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Natália Lima, de 20 anos, mostrou talento em diversos clubes de futebol pelo Brasil. Passou pela categoria de base de times como Taubaté e Franca, no interior de São Paulo, além de Criciúma, Fluminense e Vasco no Rio de Janeiro. Aos 12 anos sua paixão pelo esporte teve incentivo do avô que levou a menina na primeira escolinha de futebol. Foi o início de uma jornada que rendeu títulos como de artilheira no Campeonato Brasileirão da Baixada, Campeonato Carioca, e o Estadual Sub-19 de SP.

Para Natália, o sonho de ser uma jogadora profissional esbarra na dificuldade financeira da família, as peneiras longe de casa, e a falta de valorização do esporte tão lembrada na derrota da seleção feminina no Mundial. “Acredito que a gente luta muito mais que o futebol masculino e não tem 2% do que eles conseguem”, enfatiza a centroavante que conseguiu uma bolsa em uma universidade nos Estados Unidos e embarca em agosto para treinar e cursar educação física no exterior.

“Um sonho e nenhuma promessa”, como a carioca define a realidade do futebol feminino no Brasil, faz com que ela priorize a garantia de uma estabilidade via estudos. Diferente das cifras milionárias do quadro masculino, o retorno financeiro para elas é incerto.

“Meu maior sonho é conseguir conciliar o futebol com estudo até quando der. O dia que não der mais vou falar ‘pronto, fiz minha parte, meu estudo fica’. Se não conciliar algo que nos dê futuro além do futebol fica difícil para a gente”, conta Natália, que conseguiu financiar os custos da viagem com uma campanha de arrecadação na internet.  

O relato da jovem vai de encontro ao apelo da craque brasileira Marta. Emocionada após a eliminação para a França, a maior artilheira de todas as Copas fez um desabafo. “Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver”. “Chore no começo para sorrir no fim”, concluiu.

“O clube ainda está se acostumando com a modalidade, mas já temos uma equipe bem estruturada na medida do possível que faz um trabalho de qualidade”, afirma Andressa Cunha, 21, jogadora do quadro profissional do Fluminense. “Espero permanecer por muito tempo e conquistar títulos para o clube que nos recebeu de braços abertos”. 

A atleta de Nilópolis, na Baixada, também já atuou no Vasco. Hoje recebe salário, passagem, alimentação e plano de saúde no Flu, além de representar a faculdade Celso Lisboa no futebol com bolsa de estudos. “Uma das coisas mais importantes que o futebol me proporciona”, valoriza a lateral direita.

Apesar de bater recordes de audiência e mobilizar a torcida, Natália e Andressa compartilham da mesma opinião sobre a visibilidade que o futebol feminino teve durante a Copa: "temporária", "foi pouco", "precisa muito mais", reivindicam as jogadoras. 

"Futuro está na base"

A ex-atleta Marilene Maciel Soares, de 37 anos, também já sonhou em sobreviver do esporte. Jogou na seleção carioca de futebol de praia e atuou no campo pelo São Cristóvão FC. Graduada em educação física com pós-graduação em futebol, ela está a frente do projeto social “Pyl Pró Sports” em Tanguá, município da região metropolitana do Rio, há nove anos. 

Na luta pela renovação das equipes femininas de futebol, trabalha com crianças de sete anos até a fase adulta e acredita que "o futuro está na base". O projeto sobrevive de doações e profissionais voluntários que buscam envolver toda família na formação de atletas infanto-juvenil, oferecendo oficinas de yoga, artesanato e ginástica para cerca de 400 alunos. 

“Conseguimos fazer uma separação por faixa etária e masculino e feminino em horários separados. Não para fazer a distinção mas para dar liberdade delas se conhecerem, trabalharem seus potenciais, o empoderamento e as possibilidades que a gente pode alcançar sendo mulher”, conta Marilene que faz parte do Comitê de Fomento ao Futebol Feminino.

Marilene Soares, 37, é ex-atleta e luta pela valorização do futebol feminino no Rio de Janeiro com projeto social em Tanguá. (Foto: Reprodução/Facebook)

O comitê foi criado a partir de uma lei (7576/2017) da deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB) que leva o nome em homenagem a primeira capitã da seleção feminina Marisa Pires. O objetivo da lei é estimular a participação de meninas no futebol de campo, futsal e de areia nas escolas estaduais, estimular campeonatos e definir critérios de recrutamento para profissionalização. 

“Uma das comissões [do comitê] é de acompanhamento. Vamos fazer visitas nos clubes porque estamos falando de mulheres que ficam menstruadas e precisam do mínimo para trocar de roupa, situações de segurança e higiene”, diz Marilene. O grupo encaminhou demandas para a Federação de Futebol do Rio (Ferj) e espera estimular que mais mulheres possam jogar futebol com igualdade.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: baixadafluminensefutebol
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