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Lula: Com a morte de Paulo Henrique Amorim, perdem o jornalismo e a democracia

Em nota, ex-presidente enaltece independência do jornalista e seu posicionamento crítico

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Bilhete enviado por Lula a Paulo Henrique Amorim em fevereiro deste ano
Bilhete enviado por Lula a Paulo Henrique Amorim em fevereiro deste ano - Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a morte do jornalista Paulo Henrique Amorim como uma perda para o jornalismo, para o Brasil e para a democracia.

“Pelo seu compromisso com o Brasil, sofreu perseguições, cada vez mais intensas, daqueles que querem destruir, com sua intolerância, notícias falsas e censura, a soberania nacional. Não se curvou às autoridades que criticava nem às forças que detêm as TVs desse país”, diz a nota.

Em fevereiro deste ano, em bilhete enviado ao jornalista, Lula elogiou o posicionamento crítico de PHA em relação aos abusos cometidos pelo ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça.

Na nota desta quarta-feira (10), Lula lembra que Amorim sempre manteve “análises e opiniões críticas, independente dos seus patrões”.

Leia a íntegra da nota:

Paulo Henrique Amorim nos deixou cedo demais. Jornalista e apresentador com décadas nos jornais e na televisão, também foi um pioneiro na internet.

A importância de Paulo Henrique só cresceu ao longo da sua carreira. Em tempos onde a maior parte da imprensa se levou pelos consensos, ele manteve suas análises e opiniões críticas, independente dos seus patrões. Pelo seu compromisso com o Brasil, sofreu perseguições, cada vez mais intensas, daqueles que querem destruir, com sua intolerância, notícias falsas e censura, a soberania nacional. Não se curvou às autoridades que criticava nem às forças que detém as TVs desse país.

Nesse momento de dor, minha solidariedade com sua esposa, Geórgia, seus familiares, amigos, leitores, telespectadores, todos que, como eu, o acompanhavam no site Conversa Afiada. A morte de Paulo Henrique Amorim não é uma perda apenas para o jornalismo. Com sua partida perdem também o Brasil e sua democracia.

 

Edição: João Paulo Soares