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DENÚNCIA

Moradores da Ilha de Maré lutam contra racismo ambiental

Comunidade tem a pesca como forma de sobrevivência e denuncia contaminação química

10.jul.2019 às 18h50
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h50
Salvador (BA)
Jamile Araujo
Comunidade tem 10 mil remanescentes quilombolas em Salvador e vive com adoecimento da população devido à contaminação.

Comunidade tem 10 mil remanescentes quilombolas em Salvador e vive com adoecimento da população devido à contaminação. - CESE

No mês de maio, a Coordenação da Colônia de Pescadores da Ilha de Maré de Salvador apresentou uma denúncia ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) relatando a contaminação química realizada por atuação de grandes empresas nas proximidades e a omissão do Estado brasileiro quanto à situação. A Ilha de Maré está localizada na Baía de Todos os Santos, em Salvador, e possui uma população de dez mil remanescentes quilombolas, que tem como principal atividade de sobrevivência a pesca.

Na carta a apresentada ao CNDH, a comunidade ressalta: “Além da exclusão social que impõe desigualdade racial para os moradores, a comunidade é afetada por grave poluição química, gerada por poderosas indústrias internacionais instaladas nas proximidades da comunidade durante a ditadura militar. A comunidade está exposta à grave violência, sofrendo uma contaminação química crônica, com danos irreparáveis à saúde e ao modo de vida tradicional, com mortes e doenças, afetando especialmente crianças e idosos”.

Eliete Paraguassu, moradora de Ilha de Maré, explica que a partir de 2001 a comunidade iniciou a luta para identificar porque morria tanto peixe, que não morre com bomba, como caramuru, baiacu, pocoman e outros. Foi quando começaram a associar aos empreendimentos que tinham no território. Além das mortes em decorrência de câncer.

Foi somente a partir de pesquisas científicas e parcerias com entidades que a comunidade foi encorpando a luta. Como a pesquisa realizada por Neuza Miranda, professora da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA). “Neuza procurou a comunidade para fazer pesquisa em crianças. Quando ela fez a pesquisa só confirmou o que a gente já dizia, que nosso povo está doente. A pesquisa chega pra gente como mais uma ferramenta de luta, com mais incidência, porque ali tinha uma prova, da UFBA”, afirma Eliete.

Ela diz que as denúncias internacionais tem ajudado e cita o documentário “No Rio e no Mar”, lançado em 2016, que consegue demonstrar a vulnerabilidade dos moradores da Ilha. “Quando o navio explodiu, em 2013, conseguimos identificar que a gente estava abandonado. O navio estava carregado de propeno e a caixa de máquina do navio pegou fogo. A gente ficou ilhado, sem condições de sair. E o navio pegando fogo três dias três noites. A salvação que a carga do navio não pegou fogo. Se pega fogo já era, a gente nem estava aqui para contar história”, pontua.

Além da inalação da fumaça, não houve assistência do Estado para a comunidade, que teve dificuldade de vender o pescado. “Porque um dos procedimentos foi descartar todo o produto na água, no mar, e a gente ficou seis meses passando dificuldade. Então o descarte do produto afetou o meio ambiente que até hoje não se recuperou com tantos danos que tem vivenciado desde a chegado do porto”, ressalta.

“A gente está falando de uma população que respira e se alimenta do pescado, e a gente quer algum estudo que comprove que o pescado está contaminado ou não, com os corpos negros que estão ali”, finaliza.

Eliete afirma ainda, que se trata de racismo ambiental, uma vez que a população da Ilha é negra, sofre com a ausência de políticas públicas e com o descaso frente à contaminação química que está matando a população. Entre as reivindicações da carta estão investigação da gravidade da contaminação nas pessoas, políticas públicas de saúde e cumprimento das leis ambientais.

Editado por: Elen Carvalho
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