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FUTEBOL

Artigo | A importância da Copa feminina

Deseja-se, a nível social, de todos os sexos e identidades de gênero, é um apoio continuo a esta modalidade desportista

Brasil de Fato | Salvador (BA) |
O time brasileiro quebrou recordes individuais e coletivos nesta Copa.
O time brasileiro quebrou recordes individuais e coletivos nesta Copa. - Assessoria CBF

Ir para a história esportiva do nosso país é um orgulho total; mas, fica sempre um questionamento: por que o futebol feminino não é valorizado? Confesso que chega a ser cansativo afirmar todos os motivos. O que escrever quando se espera uma mudança social e política no país com caos instaurado? “ah, vai agora misturar futebol e política?”. Sim, vou. Nós, feministas, temos uma frase usada com frequência: o pessoal é político, ou seja, tudo que diz respeito a vida humana e suas ações precisam serem vistas de forma geral e não individualizada. Por tal, convido vocês a pensar: qual a nossa responsabilidade com a copa feminina? Pesquisar, entender, incentivar e divulgar. Por quê? Você não precisa, necessariamente, ter um fanatismo e dominar todo esquema tático. Mas ao menos saber que uma parcela de nossa maior riqueza patrimonial não tem os mesmos recursos que os homens que vestem a camisa do escudo em comum. Podemos a comparar as fotos em dias de jogos feminino e o masculino (Copa América) a quantidade de pessoas assistindo e as redes sociais em nível de seguidores. É importante pontuar que, enquanto movimento de mulheres que lutam a favor dos seus direitos, nós não estamos em disputa com os homens, nem em campo fazemos isto, já que os torneios são distintos. Deseja-se, a nível social, de todos os sexos e identidades de gênero, é um apoio continuo a esta modalidade desportista. Em um aplicativo de desempenho em jogos de ambas as copas aqui citada, você saberia montar qual elenco com melhores destaques em campo?
Um exemplo de apoio à copa aqui em Salvador-BA, foi a realização da Copa com As manas, criada pelo Criôla Criô, através da qual acompanhamos em alguns espaços os jogos seguidos de debates por representações femininas, desde assessora de clube, torcedoras e jogadoras de times baianos. Já no Pelourinho, a banda Didá, feita por mulheres, marcou presença também.
Sem fim, agora é momento de desejar parabéns as “jogadeiras” que deram o melhor e fizeram história. O jogo continua em outros campos.

*Torcedora do Vitória e pesquisadora no PPGNEIM/UFBA.

Edição: Elen Carvalho