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MEMÓRIA

Há 40 anos, Revolução Sandinista derrotava a ditadura Somoza na Nicarágua

Levante em país da América Central foi um dos mais importantes do Século XX e teve forte oposição estadunidense

19.jul.2019 às 16h49
São Paulo (SP)
Redação
A organização dos “Muchachos”, como o grupo revolucionário ficou conhecido, começou por volta de 1960

A organização dos “Muchachos”, como o grupo revolucionário ficou conhecido, começou por volta de 1960 - Foto: Manoocher Degathi/AFP

Em 19 de julho de 1979, guerrilheiros da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) tomaram as ruas de Manágua, capital da Nicarágua, para dar início a uma das mais importante revoluções do Século XX. O levante, que colocou fim à ditadura dos Somoza — família que comandou o país com mãos de ferro por mais de quatro décadas –, completa 40 anos nesta sexta-feira (19). 

A organização dos “Muchachos”, como o grupo revolucionário ficou conhecido, começou por volta de 1960. Dois eventos impulsionaram os guerrilheiros. O primeiro em 1956, quando o poeta Rigoberto López Pérez se infiltrou numa festa da alta sociedade nicaraguense e assassinou o ditador Anastasio Somoza Garcia. 

A morte do primeiro governante da dinastia, que chefiou o país ininterruptamente a partir de 1937, foi o começo de uma sucessão de acontecimentos que não tiraram a família Somoza no poder, mas impôs dificuldades. Após o assassinato, seu filho, Luis Somoza, assumiu o poder. 

O segundo evento aconteceu em 1959 na vizinhança do país centro-americano, quando um grupo de jovens combatentes, liderados por Fidel Castro e Che Guevara, destituiu Fulgêncio Batista, tomando o controle de Cuba. 

A Revolução Cubana reverberou por toda a América Latina e a Nicarágua não foi exceção. Um contingente do que viria a se tornar a FSLN chegou a receber treinamento militar do próprio Che. 

O período, então marcado por mobilizações estudantis, rapidamente levou à criação de forças armadas militantes. Um desses grupos, o Movimento Nova Nicarágua, fundado em 1961, tornou-se no ano seguinte a Frente de Libertação Nacional. 

Em 1963, a Frente acrescentou “Sandinista” ao seu nome, em referência a Augusto César Sandino, revolucionário responsável por liderar, a partir de 1927, uma rebelião contra a presença dos Estados Unidos na Nicarágua. Sandino obteve sucesso em 1933, expulsando o contingente estadunidense, mas foi assassinado um ano depois por Somoza, então chefe da Guarda Nacional. 

Entre os fundadores da FSLN estão Carlos Fonseca Amador, Tomás Borge Martínez e Sílvio Mayorga. Apenas Borge sobreviveu para ver o triunfo da revolução em 1979.

Aumento das mobilizações e adesão de parte da burguesia

Embora Sandino tenha expulsado os norte-americanos na década de 30, a influência dos EUA seguiu forte. O império, responsável por fornecer treinamento militar à Guarda Nacional da Nicarágua, conquistou importantes concessões para que suas companhias explorassem ouro, madeira e borracha. 

Ao mesmo tempo, a família Somoza concentrava a maior parte das terras da Nicarágua, tendo em sua posse plantações de café, destilarias de rum, usinas de açúcar e criação de gado. Estima-se que os Somoza eram donos de cerca de 20% de toda a terra rentável da Nicarágua. 

O enriquecimento da família que dirigia o país, somados à histórica influência dos EUA na região e o aumento da pobreza nas cidades e no campo gestou insatisfações em camadas da população que iam além dos grupos de esquerda organizados. 

Após o terremoto que devastou Manágua em 1972, os Somoza abocanharam a maior parte da ajuda humanitária internacional enviada para reconstruir o país. O ato foi a gota d'água, levando Somoza a perder o amparo inclusive de uma parcela da burguesia. 

Enquanto isso, a FSLN seguiu ganhando cada vez mais adeptos e o próprio grupo foi se reorganizando. Os guerrilheiros, que eram fragmentados em três tendências, se juntaram no início de 1979, o que garantiu a conquista de cidades importantes e o triunfo da revolução. 

Sandinistas no poder

Após tomarem importantes regiões do país, os sandinistas marchavam rumo à Manágua. Em 17 de julho de 1979, o então ditador Anastasio Somoza Debayle, que substituiu seu pai em 1968, fugiu para Miami. A revolução triunfou dois dias depois, tomando o controle da capital e instaurando a Junta de Governo, que passaria a administrar o período de transição. 

A junta era composta por pessoas que tiveram papel de destaque dentro da FSLN e também por membros da burguesia que passaram a apoiar a Revolução nos anos anteriores. Entre eles, destaca-se a participação de Violeta Chamorro e o industrial Alfonso Robelo, além de Daniel Ortega e Sérgio Ramirez, importantes quadros da FSLN. 

Entre as primeiras ações do novo governo estava a desapropriação de terras de Somoza e seus aliados, onde foram estabelecidas as Áreas de Propriedade do Povo, compostas por cerca de 1500 fazendas que empregavam aproximadamente 50 mil nicaraguenses. Importantes setores também foram nacionalizados, dando aos sandinistas o inteiro controle da economia. 

Entre as políticas de maior destaque está a Cruzada Nacional de Alfabetização, que usou o método Paulo Freire e alistou alunos do ensino secundário, universitários e professoras para atuarem como voluntários. O resultado teve impacto imediato, reduzindo a taxa de analfabetismo de 50,3% para 12,9% em cinco meses.  A medida levou a Nicarágua a ganhar sucessivos prêmios da UNESCO no correr dos anos 80.

Contras e o começo do fim

Desde o início, os sandinistas tiveram de enfrentar contra-insurgentes treinados e armados pelos EUA.

Os “contras”, como ficaram conhecidos, minaram pouco a pouco as iniciativas revolucionárias. Grande parte do dinheiro da Nicarágua passou a ser utilizado para a própria defesa.

Mesmo durante o período de guerra civil, os sandinistas conquistaram uma sobrevida em 1985, quando Daniel Ortega venceu as eleições presidenciais. 

A intensificação das hostilidades financiadas pelos EUA, no entanto, destruiu o país, que registrou taxas de inflação de até 33.000%. O salário real em 1988 tinham apenas 30% do poder aquisitivo registrado em 1980. Em 1989, caiu para 10%. 

A número de mortos durante o conflito também não parou de aumentar, e se Ortega conquistou adesão social em 1985, isso seria revertido em 1990, quando disputou o pleito contra Violeta Chamorro, que abandonou a Revolução para apoiar os contra. 

Era a burguesia, que momentaneamente aceitou perder seu poder político — embora tenha mantido suas propriedades mesmo durante o governo sandinista –, decidindo que deveria voltar a governar. 

A campanha de Chamorro pela União Nacional de Oposição (UNO) foi financiada pelos EUA com cerca de 9 milhões de dólares. Prometia encerrar a guerra que já durava uma década. 

Chamorro venceu a eleição de 1990 com 55% dos votos, contra 41% de Ortega, resultado que encerrou 11 anos de poder sandinista. A UNO conquistaria ainda 51 cadeiras no Congresso, contra 39 da FSLN. 

Editado por: João Paulo Soares
Tags: estados unidosnicaráguaradioagência
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