AMÉRICA LATINA

Favorito às eleições argentinas rebate ataques de Bolsonaro: "Racista e misógino"

"Em termos políticos, não tenho nada a ver com Bolsonaro; comemoro enormemente que fale mal de mim", disse Fernández

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Fernández chamou Bolsonaro de “racista, misógino e violento”, durante entrevista ao programa “Corea del Centro”, da emissora Net TV
Fernández chamou Bolsonaro de “racista, misógino e violento”, durante entrevista ao programa “Corea del Centro”, da emissora Net TV - Foto: Walter Diaz/Telam/AFP

O candidato à Presidência da Argentina Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, rebateu na noite desta segunda-feira (12) o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que, mais cedo, havia atacado os dois. Fernández foi o grande vencedor das eleições primárias no país, superando por 15 pontos percentuais o atual mandatário, Mauricio Macri.

Fernández chamou Bolsonaro de “racista, misógino e violento”, durante entrevista ao programa “Corea del Centro”, da emissora Net TV. “Com o Brasil, teremos uma relação esplêndida. O Brasil sempre será nosso principal sócio. Bolsonaro é uma conjuntura na vida do Brasil, como Macri é uma conjuntura na vida da Argentina”, declarou.

“Agora, em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Bolsonaro. Comemoro enormemente que fale mal de mim. É um racista, um misógino, um violento”, acrescentou.

Na segunda, Bolsonaro chamou a chapa de “esquerdalha”.  “Não esqueçam que, mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem (domingo). A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma de Dilma Rousseff, que é a mesma de Hugo Chávez, de Fidel Castro, deu sinal de vida aqui. Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul um novo estado de Roraima. Vocês [gaúchos] podem correr o risco de, ao ter uma catástrofe econômica lá, como teve na Venezuela, ter uma invasão da Argentina aqui”.

A chapa “Frente de Todos”, encabeçada por Fernández, obteve 47,66% dos votos contra 32,09% do “Juntos pela Mudança”, de Macri. As eleições acontecem em outubro e o mercado, já prevendo a derrota do presidente, “se vingou” da Argentina e provocou instabilidades na economia do país.

(*) Com Revista Fórum

Edição: Opera Mundi