Ouça a Rádio BdF

Infectologista ressalta eficácia da vacinação contra sarampo: “Nada salva mais vidas”

Incidência da doença triplicou em relação ao mesmo período no ano anterior

Incidência da doença triplicou em relação ao mesmo período no ano anterior

Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o número de casos de sarampo registrados no primeiro semestre deste ano é o maior desde 2006. O surto de sarampo tem nível global, e a incidência da doença triplicou em relação ao mesmo período no ano anterior, alcançando 364.808 casos registrados em 182 países

O relatório ressalta a importância da vacina para que a doença não se espalhe. Em entrevista ao Repórter SUS, programa produzido em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz, o infectologista pediátrico do Instituto Fernandes Figueira (IFF), Marcio Nehab, alerta sobre a importância da vacinação. 

Ele destaca que um dos motivos da falta de interesse pela vacinação é a preocupação com a reação anafilática. 

“Você tem a população brasileira de 208 milhões de pessoas. Se a reação anafilática é uma em um milhão e você não vê nenhum caso de sarampo, você passa a achar que aquela reação vacinal é mais comum que a doença”, explica.

O horário de funcionamento dos postos de saúde convergente com o horário de trabalho e a violência urbana são alguns dos fatores diminuem a cobertura vacinal, segundo Nehab.

"Nada salva mais vidas, nada diminui mais a mortalidade da população geral do que as vacinações. A única coisa que é mais eficaz em termos de saúde pública é a água potável. Logo depois vem as vacinas", analisa.

No Brasil, já foram notificados aproximadamente 4.226 casos, de acordo com o Monitoramento da Situação Epidemiológica do Ministério da Saúde publicado no dia 6 de agosto.

Para mais informações, confira a entrevista completa no player.

*Com colaboração de Bruna Caetano

Veja mais