Amazônia

Em agosto, queimadas devastaram área 300% maior do que em 2018

Com a explosão de focos de incêndio, destruição da floresta já supera total registrado no ano passado inteiro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Satélite do Inpe mostra os pontos de focos de incêndio no último dia 2 de setembro
Satélite do Inpe mostra os pontos de focos de incêndio no último dia 2 de setembro - Reprodução| Inpe

O volume de áreas queimadas na Amazônia em agosto deste ano foi 300% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No mês, os incêndios destruíram 24.944 km² da floresta, contra 6.048 km² em agosto de 2018. Com o crescimento, a área perdida na Amazônia neste ano, até aqui, é de 43.573 km², maior do que o total de 2018 inteiro, que foi de 43.171 km².

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Um dado alarmante é que, dentro da série histórica do Inpe, o mês de setembro é o que tradicionalmente registra o maior número de queimadas – chegando, em alguns anos, a alcançar o dobro de agosto.

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Nos dois primeiros dias de setembro, os sistemas do Inpe identificaram cerca de mil focos na região Amazônia,

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Os municípios com mais focos de incêndio são também aqueles que sofreram maior desmatamento neste ano. Altamira (PA) é a cidade mais atingida, com 3 mil focos até aqui. Em seguida, na região Amazônica, aparecem Corumbá (MS), São Félix do Xingu (PA) e Porto Velho (RO), as três com cerca de 2.500 focos cada.

Edição: João Paulo Soares