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Início Política

EDUCAÇÃO

UFFS é alvo de intervenção e comunidade acadêmica reage em protesto

Em manifesto, sociedade repudia nomeação de reitor que ficou em 3º lugar no processo eleitoral

09.set.2019 às 14h40
Porto Alegre (RS)
Grasiele Berticelli
Campus Chapecó está ocupado pelos estudantes desde o dia 30 de agosto

Campus Chapecó está ocupado pelos estudantes desde o dia 30 de agosto - Foto: Pedro Pinheiro

No último dia 30 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou o decreto que nomeia Marcelo Recktenvald para a reitoria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), pelos próximos 4 anos. Recktenvald e seu vice, Gismael Perin, participaram do processo eleitoral de consulta à comunidade acadêmica para o cargo, tendo ficado em 3º lugar na contagem dos votos, ficando fora do 2º turno de votação.

A decisão do Ministério da Educação (MEC) e de Bolsonaro, de indicar para a reitoria da UFFS uma pessoa que não foi escolhida pelo voto da maioria, é considerada pela comunidade acadêmica como intervenção, ferindo a democracia e o princípio da autonomia universitária, garantida pelo Artigo 207 da Constituição Federal de 1988. O vencedor no processo eleitoral e o mais votado dentre os três nomes enviados ao MEC foi o professor Anderson Ribeiro, escolhido democraticamente através do voto.

Vale ressaltar que Recktenvald é apoiador de Bolsonaro, tendo participado de atos em defesa do presidente, e já concedeu entrevistas dizendo-se a favor do programa Future-se.

Greve e ocupação

Estudantes ocupam campus Chapecó | Foto: Reprodução 

Desde o anúncio da nomeação do interventor, toda a comunidade acadêmica da UFFS está em permanente mobilização para denunciar os perigos dessa decisão à sociedade. Em Erechim, foi criado o Movimento em Defesa da Democracia, Educação Pública e Direitos Sociais, que une estudantes, técnicos, professores e comunidade regional.

Nos campi de Chapecó e Erechim, diversos cursos estão com as aulas paralisadas. Em assembleia dos professores realizada na sexta-feira (6), com participação dos seis campi da UFFS, foi deliberado estado de greve. Em Chapecó, onde está localizada a reitoria, os estudantes mantêm ocupação desde o dia 30 de agosto, em forma de protesto. O interventor Marcelo entrou com pedido de reintegração de posse do prédio da reitoria no dia 5 de setembro, ao passo que será realizada uma audiência de reconciliação entre os ocupantes e o interventor, marcada para terça-feira (10).

Comunidade lança manifesto 

O Movimento em Defesa da Democracia, Educação Pública e Direitos Sociais lançou um manifesto repudiando a escolha do reitor nomeado e exigindo a imediata nomeação do eleito, o professor Anderson Ribeiro. O texto também exige o fortalecimento da educação pública, gratuita e de qualidade, com o fim dos cortes de orçamento e garantia dos recursos destinados ao pagamento de auxílios e bolsas. Confira o manifesto:

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DOS DIREITOS SOCIAIS

– Considerando a escolha democrática da comunidade que elegeu como Reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) o professor Anderson Ribeiro para dirigir a Universidade pelos próximos 4 anos;

– Considerando a decisão autoritária do governo Bolsonaro em desrespeitar a decisão da comunidade e a autonomia universitária ao escolher como Reitor o professor Marcelo Recktenvald, que ficou em 3º lugar na votação e sequer chegou ao 2º turno das eleições;

– Considerando a ilegalidade dessa nomeação por não respeitar o princípio da impessoalidade na gestão pública, sem apresentar um motivo ou justificativa para a escolha;

– Considerando que a Universidade Federal da Fronteira Sul é uma conquista da luta organizada do povo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná;

– Considerando que a Universidade surgiu para garantir Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, objetivando atender com prioridade aos Estudantes filhos de trabalhadores do campo e da cidade que não conseguem acessar as universidades particulares;

– Considerando que essa Universidade, em seus 10 anos de existência, já oportunizou a formação superior para mais de 3.500 estudantes e atualmente possui cerca de 8 mil alunos matriculados, sendo que mais de 90% dos Estudantes são advindos das Escolas Públicas;

– Considerando que a não nomeação do Reitor eleito faz parte de uma estratégia do governo federal em desmontar e privatizar a Educação Pública brasileira com a adoção de medidas como o Teto dos Gastos, o Corte no Orçamento para as Universidades e Institutos Federais, e a redução de Recursos para as Bolsas de Pesquisa e Auxílios Estudantis;

– Considerando que a UFFS está entre as melhores universidades do país.

Os Estudantes, Professores, Técnicos Administrativos e Representantes da Comunidade Regional – unidos, organizados e em luta -, em decisão unânime tomada em Plenária Unificada realizada na terça-feira, 3 de setembro de 2019, no campus Erechim, vêm a público MANIFESTAR e EXIGIR o seguinte do Governo Federal:

1 – A imediata nomeação do Reitor eleito, Professor Anderson Ribeiro, respeitando a decisão democrática tomada pela comunidade e a autonomia universitária;

2 – Repúdio e não-reconhecimento do atual Reitor nomeado, pois não foi eleito, ficou em 3º lugar e sequer chegou ao 2º turno na eleição;

3 – Fortalecimento da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, com adoção das seguintes medidas:

– Fim do corte de recursos para as Universidades e Institutos Federais e reposição imediata dos valores já bloqueados;

– Garantia dos recursos necessários para os Auxílios e Bolsas Estudantis, pois são fundamentais para a permanência dos Estudantes de baixa renda;

– Garantia dos recursos necessários para as Bolsas de Pesquisa, de Graduação e Pós-Graduação.

E, finalmente, CONCLAMAMOS a toda a Sociedade para construirmos juntos esse grande Movimento em Defesa da Democracia, da Educação Pública e dos Direitos Sociais.

A DEMOCRACIA, a EDUCAÇÃO PÚBLICA e os DIREITOS SOCIAIS são conquistas garantidas na Constituição Federal de 1988 e estão sob duro ataque!

Os mais prejudicados são os Estudantes das Escolas Públicas, os Agricultores, Povos Indígenas, Trabalhadores Urbanos e Desempregados, Micro e Pequenos Empresários.

ESSA LUTA É DE TODOS E TODAS QUE DEFENDEM A DEMOCRACIA!

MOVIMENTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DOS DIREITOS SOCIAIS

Erechim, setembro de 2019

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: radioagência
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