Paraná

Soberania nacional

No dia 3 de outubro, sociedade luta contra privatizações

No mesmo dia, Petrobrás, principal estatal brasileira, completa 66 anos

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Uma vez com a iniciativa privada, o objetivo da empresa deixa de ser o interesse público
Uma vez com a iniciativa privada, o objetivo da empresa deixa de ser o interesse público - Arte: Comitê Unificado

No dia 3 de outubro, acontece em todo o país e em Curitiba um ato em defesa da Petrobrás e também da soberania nacional. Em vista dos riscos de venda de empresas nacionais para grupos estrangeiros, caso da Eletrobras, Petrobrás e Correios, a bandeira da soberania nacional vem ganhando força.

Porém, o que significa defender a soberania nacional? Em programa de entrevista do Brasil de Fato Paraná, foram ouvidos especialistas dos setores de energia elétrica e petroquímico, para concluir que soberania nacional significa o controle e planejamento dos recursos e empresas nacionais. “Quando se privatiza a empresa, no setor de fertilizantes foi todo privatizado nos anos 90, e o que aconteceu? Houve crescimento da empresa? Nenhum”, exemplifica Santiago Matos, petroquímico e diretor do Sindiquímica.

Soberania sobre a energia

Hoje, o governo do Paraná busca privatizar a Copel Telecom, ao lado da Companhia Paranaense de Gás (Compagás). Tal fato é analisado como uma entrega de empresa lucrativa, com eficiência tecnológica e que atende todas as cidades do estado. “Com cinismo dizem que a Copel Telecom será mais eficiente nas mãos da iniciativa privada, mas na verdade ela vai deixar de existir”, aponta Cícero Martins, do Fórum em Defesa da Copel Telecom.

O problema central é que, uma vez com a iniciativa privada, o objetivo da empresa deixa de ser o interesse público. “A privatização encarece o custo de vida dos trabalhadores brasileiros. No Paraná, Sanepar e Copel transferiam lucros aos seus acionistas em torno de 25% até 2011. Hoje, 50% acaba indo para a mão dos seus acionistas, boa parte privados. A conta de luz aumentou 450% nos últimos anos, a de água também, com as privatizações”, critica Formica. 

Edição: Lia Bianchini