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Início Política

RESISTÊNCIA

Governo ataca e universidades prometem responder com greve

Nos últimos 15 anos, Bolsonaro é o primeiro presidente a nomear reitores em desacordo com eleição das instituições

01.fev.2020 às 18h52
Porto Alegre (RS)
Ayrton Centeno
Comunidade universitária realiza assembleia em Chapecó, o maior campus da UFFS

Comunidade universitária realiza assembleia em Chapecó, o maior campus da UFFS - Foto: Eduardo Lima

Nunca houve um ataque tão intenso contra as universidades públicas federais como acontece agora. A começar pelo desrespeito à democracia, expresso na nomeação de seis reitores em desacordo com a direção eleita por professores, alunos e técnico-administrativos. Nos últimos 15 anos, Jair Bolsonaro é o primeiro presidente que age assim. 

Antes, o governo impôs cortes de verbas, ameaçando as aulas e a continuidade das pesquisas. Também apresentou um programa, o Future-se, de perfil privatizante, rejeitado de forma maciça, e, através do presidente e de seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, ofendeu as instituições federais, acusando-as de produzirem “balbúrdia”.

“A UFRGS está funcionando hoje por causa de uma medida liminar porque não tem como pagar a energia elétrica”, descreve Berna Menezes, coordenadora da Assufrgs, a associação dos servidores técnico-administrativos. Sem dinheiro, a universidade não consegue quitar sua dívida com a CEEE. “É uma das maiores universidades do país e corre o risco de ser fechada”, preocupa-se.

Menos comida no prato 

A mesma aflição acontece em Pelotas, onde a UFPel também está sendo sufocada. Lá, o torniquete aplicado por Bolsonaro já forçou o restaurante universitário a reduzir as porções que serve diariamente e a espaçar os horários de ônibus que ligam a cidade ao campus. Sessenta por cento dos alunos da UFPel vivem com renda de um salário mínimo e meio e são os mais afetados. “Eles dependem da alimentação do RU”, nota Barto de Farias, da coordenação da Asufpel, o sindicato dos servidores da UFPel.

“Houve uma fase difícil de precarização no governo FHC, porém naquele período o estrangulamento era ‘apenas’ econômico”, distingue o reitor eleito – mas não empossado – da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Anderson Ribeiro. Repara que “no atual contexto anti-intelectual”, a ameaça vai além dos cortes com a circulação na mídia de “ideias de que as universidades não são locais de formação e produção de conhecimento, mas de balbúrdia, jogando-se a opinião da sociedade contra as instituições”. 

Greve geral da educação 

Estudantes e professores paralisam atividades nos dias 2 e 3 de outubro | Foto: Marcelo Ferreira 

Ribeiro acredita que a postura governamental trará problemas. Observa que a universidade é “o lugar do debate, da discussão, da argumentação fundamentada” e não da imposição. Ignorar isso resultará em “instabilidade e conflitos”. E a réplica já está acontecendo na própria UFFS e em muitos campus espalhados pelo país, agitados por processos de ocupação e greve. Já se sabe que a maioria das universidades federais rejeita o programa Future-se, carro chefe de Weintraub. Já decidiram pela recusa grandes centros de estudo e pesquisa como as federais do Rio (UFRJ), São Paulo (Unifesp), Brasília (UnB) e Minas Gerais (UFMG). No Rio Grande do Sul, UFRGS, UFPel e FURG também disseram não à proposta do MEC.

Outra resposta virá da greve geral da educação, que está acontecendo de norte a sul do país, nos dias 2 e 3 de outubro. “Já deliberamos a participação”, informa Vicente Ribeiro, representante dos docentes no Conselho Universitário da UFFS. Entre as universidades que anunciaram sua adesão estão a UFPR (Paraná), a UFF (Rio) e a UFES (Espírito Santo). “No RS, até a UCPel (universidade católica e privada) fez assembleia conjunta conosco e vai aderir”, assegura Farias.

Em Porto Alegre, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) paralisaram suas atividades. No final da tarde de quinta-feira (3), acontecerá o ato em Defesa da Educação e da Ciência, na Esquina Democrática, na região central da capital gaúcha, a partir das 17h. Movimentos sociais e sindicais, e trabalhadores e trabalhadoras se somarão à luta dos estudantes, também na defesa do emprego e da aposentadoria.

As demais instituições públicas de ensino do Estado também aderiram, completa ou parcialmente, à greve de 48h. Em Pelotas, a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul). No Sul do Estado, a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Na região central, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) paralisou alguns setores. No campus de Erechim, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) promove uma série de aulas públicas.

15 universidades públicas produzem mais de 60% da pesquisa do Brasil 

São todas públicas as 15 primeiras universidades brasileiras em produção de pesquisa. É o que revela levantamento da empresa norte-americana de análise Clarivate Analytics. Demonstra que o investimento na área das instituições privadas é irrisório se comparado com as gigantes da investigação científica, na sua maioria federais. As 15 universidades públicas respondem por mais de 60% do conhecimento científico produzido no Brasil. 

Publicado em setembro de 2019, o relatório levantou o quadro da produção nacional entre 2013 e 2018. Ponteando a lista está a Universidade de São Paulo (USP) com 58.899 pesquisas registradas. É seguida pela Universidade Estadual Paulista (22.868), Unicamp (19.317) e Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, com 17.484. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com suas 15.860 pesquisas, ocupa o quinto lugar. Fora do eixo Rio-São Paulo, é a primeira escola de ensino superior. Outra gaúcha, a UFSM, é a 15ª colocada no ranking das universidades brasileiras. Registrou 6.670 pesquisas.

Realizado a pedido da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o relatório apurou as investigações registradas na base Web of Science relacionadas às ciências da saúde, biológicas, exatas, da natureza e agrícolas, além das engenharias. 

Editado por: Marcelo Ferreira
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