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Início Direitos Direitos Humanos

Moradia

Artigo | O dia e a luta dos sem teto

Movimentos vão às ruas na segunda-feira (7) pelo direito à cidade e pela retomada dos investimentos em habitação popular

04.out.2019 às 18h33
São Paulo (SP)
Raimundo Bonfim
Ato por moradia no centro de São Paulo

Ato por moradia no centro de São Paulo - Paulo Pinto/AGPT

O dia Mundial do Habitat é celebrado anualmente na primeira segunda-feira de Outubro em todo o mundo. Foi criado pela ONU em 1986 e tem como objetivo promover a reflexão sobre os problemas das cidades e a moradia. No Brasil, é denominado Dia Mundial dos Sem-Teto. Para marcar esse dia, um conjunto de entidades e movimentos populares da cidade e do campo farão na segunda-feira (7) em todo o país a Jornada Nacional de Luta por Moradia.

Convocamos a população brasileira para se solidarizar e participar da luta dos movimentos populares e do povo sem teto pelo direito à Moradia e à Cidade. Continuaremos nossa luta permanente e sem tréguas contra a barbárie, considerando que o governo Bolsonaro mergulhou o nosso país no caos, desmontando as políticas sociais em todas as áreas. O desemprego ja afeta quase 13 milhões de pessoas. Aumentou o número de pessoas sobrevivendo na pobreza, e o Brasil retornou ao mapa da fome. Um título que nos envergonha.

Estamos em luta contra o desmonte das políticas na habitação, mobilidade, regularização fundiária e acesso a terra para as famílias com baixa renda, contra a privatização do SUS, do saneamento e dos bancos públicos, tão fundamentais para o desenvolvimento de políticas urbanas e programas sociais. Tudo isso aumentará ainda mais a degradação e o processo de empobrecimento em nossas cidades, onde milhares de pessoas estão vivendo nas ruas, em favelas, cortiços, palafitas, ocupações, em bairros irregulares e conjuntos habitacionais sem acesso à infraestrutura básica.

Nesse nosso dia, denunciaremos a especulação imobiliária, pois a moradia não é mercadoria e sim um direito garantido na Constituição Federal. Também levaremos para as ruas a nossa contrariedade com a MP da Privatização do Saneamento e pela revogação da Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos investimentos nas áreas da educação, saúde, moradia e assistência social. Outra pauta que terá destaque nas manifestações desse dia Mundial dos Sem-Teto é a criminalização da pobreza e dos movimentos populares, além do nosso repúdio contra os despejos, as reintegrações de posse e o genocídio contra a população preta, pobre e moradora nas favelas e periferias – genocídio e violência estimulados pelo próprio Bolsonaro.

Também iremos exigir a liberdade imediata dos lutadores do povo, dentre eles Preta, Sidnei, Ednalva, presos políticos da moradia, e o ex-presidente Lula. Defendemos também a participação popular e por isso nos opomos ao fim dos espaços de participação e diálogo, pois enfraquecem a democracia e a transparência na fiscalização do orçamento para os serviços públicos. O autoritário e fascista Bolsonaro acabou com a Conferência e o Conselho Nacional das Cidades – instrumentos indispensáveis na formulação de políticas habitacionais e urbanas para as cidades.

No Brasil, temos mais de 7,8 milhões de famílias sem teto. Um drama que atinge especialmente a população com baixa renda e desempregada. E mesmo assim, até o momento, o governo Bolsonaro não deu início à obra de nenhuma nova moradia popular. O capitão reformado do Exército está praticamente acabando com o programa Minha Casa, Minha Vida – que de 2009 a 2018 disponibilizou R$ 105 bilhões, criou 1,2 milhão de empregos e contratou 5,5 milhões de moradias, das quais mais de 4 milhões já foram entregues. Ao todo, 16 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo programa.

O Minha Casa Minha Vida terá seu orçamento reduzido para o próximo ano. Pela proposta enviada à Câmara dos Deputados, a verba destinada cai de R$ 4,6 bilhões em 2019 para R$ 2,7 bilhões em 2020. O governo Bolsonaro quer reduzir o subsídio para quem ganha até R$ 1.200, o que exclui do acesso à moradia milhares de famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 1.800. Sem dinheiro e sem programa de construção de moradia popular e outras políticas urbanas, como transporte, saneamento e regularização fundiária, as cidades ficam reféns dos interesses de mercado e da especulação imobiliária – o que transforma a cidade e a moradia em mercadoria, visando tão somente o lucro que enche o bolso de uma minoria rentista.

Essa política gera um enorme contraste social. Os ricos cada vez mais isolados em condomínios de luxo e nas áreas nobres, enquanto milhões de pessoas não têm emprego ou quando têm ganham pouco e não dá para pagar aluguel. Enquanto a população trabalhadora é expulsa e jogada para as periferias das médias e grandes cidades – locais sem equipamentos sociais, serviços públicos, infraestrutura, sofrendo todo tipo de violência –, na praia Iporanga, uma das mais badaladas de Guarujá-SP, o valor médio de uma mansão é de R$ 10 milhões. Só o condomínio custa R$ 4.000 mensais. Um sócio da Rede TV é proprietário de uma mansão na grande São Paulo cujo valor estimado é de R$ 120 milhões. O imóvel mede 17.800 metros quadrados, sendo 3.000 metros de área constituída.

Para denunciar essa abissal desigualdade em nosso país, onde quase 8 milhões de pessoas não têm um teto para morar com dignidade, e de outro lado poucas pessoas muito ricas desfrutam de mansões adquiridas mediante a exploração dos trabalhadores, é que nesse 7 de Outubro – Dia Mundial dos Sem-Teto – iremos às ruas das principais capitais do país lutar pelo direito à cidade e à moradia. Pela imediata retomada da construção de moradias populares, não à redução do orçamento para habitação popular, prioridade para as famílias com baixa renda e o retorno do subsídio para a faixa de até R$ 1.800.

No dia dos Sem-Teto, bem que poderíamos ganhar um presente: o fim do auxílio-moradia para juízes, desembargadores, procuradores, promotores, deputados e senadores. O dinheiro economizado com essa medida deveria ser investido em moradia popular.

Raimundo Bonfim é coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares)

Editado por: João Paulo Soares
Tags: moradia
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