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ENTREVISTA

Stédile: “No Sínodo, a Igreja está sendo motivada a falar sobre a crise ambiental”

Dirigente do MST comenta participação do movimento no Sínodo e aponta os caminhos da resistência da classe trabalhadora

09.out.2019 às 18h52
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h52
Caruaru (PE)
Monyse Ravenna
"Na nossa opinião, aqui no Centro Paulo Freire se dará uma queda de braços"

"Na nossa opinião, aqui no Centro Paulo Freire se dará uma queda de braços" - Rafael Stédile

Em visita a Pernambuco, onde participou da Plenária Lula Livre Nordeste e do Seminário de Desenvolvimento Regional do Projeto Brasil Popular, no assentamento Normandia, em Caruaru, o economista e membro da direção nacional do MST João Pedro Stédile falou sobre os desafios e perspectivas de luta dos movimentos populares no contexto político atual.

Centro Paulo Freire
Estamos identificando que nesse governo fascista eles entregaram o Incra para pessoas que não entendem nada de reforma agrária. Nós percebemos que, depois desses seis meses, estão tomando iniciativa de tentar atingir o MST por alguns símbolos que são verdadeiros patrimônios das nossas conquistas desses anos todos. Se nós não conseguirmos segurar o despejo, eles vão utilizar esse exemplo para aplicar esse mesmo método em muitos outros centros que ainda estão com a situação jurídica da terra precária, porque na prática, como é aqui, a terra pertence aos assentados. Nas áreas comunitárias que estão dentro do processo de desapropriação, as famílias assentadas é que decidem o que vão fazer, se uma escola, uma agroindústria, um Centro de Formação. Estamos satisfeitos que a sociedade de Pernambuco está defendendo o MST e atenta a esse problema, assim como o Governo do Estado, as universidades, os intelectuais, os professores, os advogados, inclusive muitos se oferecendo para nos defender. Tenho certeza que vamos sair dessa vitoriosos e fortalecidos.

Violência no Campo
A violência no campo tem um padrão de ocorrência que está muito mais relacionado com a ofensiva dos latifundiários, do que do Incra. E a ofensiva dos latifundiários como violência, historicamente acontece mais na fronteira agrícola, onde estão as terras em expansão e onde o latifundiário precisa expandir suas fazendas para plantar soja ou para pecuária extensiva. A violência que há hoje atinge os povos indígenas, quilombolas e as áreas públicas, que foi o que aconteceu no último mês. Todo o mundo acompanhou que os fazendeiros, se sentindo impunes pelo incentivo do governo Bolsonaro, derrubaram muita floresta de áreas públicas e depois colocaram fogo. O fato de queimar floresta de área pública, na cabeça do fazendeiro daquela região, é porque, estando a floresta derrubada, eles podem legalizar as terras como sendo deles.

Consórcio Nordeste
Esses governadores podem cumprir um papel contra a ofensiva do governo Bolsonaro. Há uma expectativa primeira que o Consórcio seja uma espécie de barreira para as pretensões destruidoras do Bolsonaro em relação ao Nordeste. O segundo aspecto é que os governadores têm se posicionado sobre as políticas públicas (previdência, segurança pública), mas isso é insuficiente. Os movimentos populares, agora, deveríamos sentar o Consórcio Nordeste e trabalhar com eles várias coalizões de projetos. Quem sabe nós podemos, no início do ano que vem, fazer uma grande plenária popular com os governos do Nordeste? O terceiro aspecto seria mais ligado ao MST, os movimentos da Via Campesina e as Federações de Trabalhadores Rurais. Nós sentarmos para discutir o financiamento de grandes projetos de estruturação. Como exemplo, no MST nós queremos um projeto de reflorestamento no Nordeste, a implementação de agroindústrias e o projeto Sim eu Posso, que é de alfabetizar a população analfabeta, sobretudo, das grandes cidades.

Combate à Fome
Nós dos movimentos deveríamos ajudar a cadastrar essas pessoas que estão passando necessidade, organizá-las e fazer pressão para que os governos estaduais e as prefeituras pressionem o governo federal e se retome com mais força o Bolsa Família. Segunda coisa, que seria mais a médio prazo, é que temos que discutir com os governos, seja municipal ou estadual, medidas para construir emprego, seja retomar frentes de trabalho no serviço público, seja fazer hortas comunitárias. A longo prazo, que não vai acontecer nesse governo, é retomarmos a ideia de amplificar a reforma agrária, porque só se combate a fome do ponto de vista estruturante quando esse povo tiver terra e tiver condições de produzir seus próprios alimentos.

Sínodo da Amazônia
O Sínodo tem dois objetivos. O primeiro são as mudanças internas que a Igreja quer fazer para que a sua ação pastoral seja mais popular na região amazônica. O segundo aspecto é que No Sínodo, a Igreja está sendo motivada a falar sobre a crise ambiental, os culpados pelas agressões que há no meio ambiente e na Amazônia e quais são as saídas. Nesse, em particular, o Sínodo dos Bispos não tem a autoridade científica para dar a palavra, porém os bispos convocaram vários cientistas para produzir textos e opiniões. Nós, dos movimentos populares da Via Campesina, sindicatos, entidades, etc. preparamos um documento. Fizemos uma reunião de todos os sete países da Amazônia para ser uma contribuição das populações que vive na Amazônia e que estão organizados em movimentos. Esse documento será levado por dois companheiros, uma do MST e outro de uma comunidade indígena da Venezuela, que foram eleitos para entregar aos bispos no dia cinco de outubro, em Roma, e depois popularizar.

Editado por: Marcos Barbosa
Tags: mstPERNAMBUCO
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