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Vergonha: Governador do RS propõe nivelar salário dos professores por baixo

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Apresentada em reunião nesta quarta-feira (9), proposta reduz o teto dos salários e não eleva piso ao mínimo nacional
Apresentada em reunião nesta quarta-feira (9), proposta reduz o teto dos salários e não eleva piso ao mínimo nacional - Foto: Divulgação CPERS
RS é o 4º Estado mais rico mas paga o pior piso

Ao invés de aumentar os recursos para a Educação, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite quer congelar e até reduzir os salários de parte significativa dos professores, que já ganham uma merreca, para aumentar o salário da turma que hoje estaria ganhando abaixo do Salário Mínimo, não fosse a ação do ex-governador Tarso Genro de completar o vencimento desses professores, para ficar mais próximo do Piso Nacional. Em cinco anos de Governo neoliberal de Sartori e Leite, a turma do Estado Mínimo colocou o Rio Grande do Sul na vexatória posição de Estado que paga o menor salário do Brasil para seus professores.

A desvalorização da Educação é tanta no RS de Eduardo Leite e seus tucanos que o teto de salário pago aos professores não atinge nem o piso pago no Maranhão, aos professores estaduais, por exemplo. Nesta matéria da Carta Capital, é possível ver que o piso salarial dos professores do Maranhão é hoje de R$ 2.875,00 para 20 horas. Já o teto dos professores do Maranhão é de R$ 5.750,00 para 40 horas semanais.

Já no RS, um professor estadual com 20 horas de trabalho ganha entre R$ 630 e R$ 1.890, dependendo do nível da carreira. A proposta do governo é que os menores vencimentos do regime de 20 horas pulem para R$ 1.278 e os maiores para R$ 1.943. Com relação aos professores com 40 horas, o valor mínimo saltará de R$ 1.260 pra R$ 2.557, e o máximo de R$ 3.780 para R$ 3.887. Atualmente, aqueles que recebem abaixo do Piso Nacional do Magistério, fixado em R$ 2.557 em 2019, ganham um valor adicional como completivo para alcançar esse valor.

E o que propõe Leite? Tirar de quem ganha este “teto” de baixo nível e dar para professores que se arrastam entre a pobreza e o direito de pelo menos se alimentar e morar dignamente. Para Eduardo Leite, para os tucanos e a turma do Bolsonaro, Educação Pública não é investimento. É gasto. É mais desta lenga lenga do Estado Mínimo.

O RS, hoje, é o 4º Estado mais rico do país. Já o Maranhão é o 22º. Mas no Maranhão o Governo resolveu investir na Educação do povo para crescer. Já o RS quer tirar dos professores que ganham pouco pra pagar aos que ganham menos ainda. E a riqueza do RS, fica com quem?

Aliás, a ver pelo piso salarial dos professores em todos os Estados do Brasil, por aqui a Educação não é prioridade mesmo!

Tabela de Pisos Salariais pagas nos Estados. RS, o 4º mais rico, paga o pior piso. Com a proposta de Leite, continuará sendo o que menos paga e ainda rebaixará o teto, que é também um dos menores do Brasil | Gráfico publicado pelo Jornal Gazeta do Povo, de Curitiba. Foto: Divulgação

Confira o detalhamento feito pelo CPERS da proposta do governo do Estado. 

Em defesa da Educação não deveriam estar só os professores, mas toda a sociedade gaúcha. O que será de nossos filhos e netos?

Edição: Marcelo Ferreira