Paraíba

LUTA

Sindicato dos Ferroviários realiza campanha contra a privatização da CBTU

O transporte público precisa ser visto enquanto direito das trabalhadoras e dos trabalhadores

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Na Paraíba, circulam 25 trens que atendem cerca de 8 mil usuários diários em 12 regiões entre Cabedelo, João Pessoa, Bayeux e Santa Rita.
Na Paraíba, circulam 25 trens que atendem cerca de 8 mil usuários diários em 12 regiões entre Cabedelo, João Pessoa, Bayeux e Santa Rita. - Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Estado da Paraíba (SINTEFEP) iniciou no dia 14 de outubro uma campanha de coleta de assinaturas para um abaixo-assinado objetivando impedir a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

O SINTEFEP visa obter pelo menos 20 mil assinaturas de usuários e trabalhadores da CBTU, e levar ao conhecimento dos deputados federais e dos três senadores paraibanos, mostrando que o povo paraibano é contrário à privatização e chamando-os a responsabilidade de defender o patrimônio público.

“A grande maioria dos usuários dos trens da CBTU são pessoas simples, humildes, trabalhadores comerciários, da construção civil, domésticos, ambulantes, em sua maioria são de baixa renda que, se não tiverem mais um transporte barato, rápido e eficiente como o trem tem sido, ao longo de décadas, fará uma grande diferença na renda das famílias”, disse Everaldo Chaves, diretor de comunicação do SINTEFEP.

De acordo com dados do SINTEFEP, são 25 trens que atendem cerca de 8 mil usuários diários em 12 regiões entre Cabedelo, João Pessoa, Bayeux e Santa Rita, além de contar com duzentos funcionários. O preço da passagem atual custa R$ 1,25. 

“A privatização só interessa aos empresários. Caso isso aconteça o valor da passagem vai triplicar. A CBTU tem um papel social importante, pois quem utiliza o transporte são os mais humildes”, disse José Cléofas Batista de Brito, presidente do SINTEFEP.

José Cléofas também ressaltou que existe uma política de sucateamento da CBTU desde o golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff. “Eles sucateiam para depois privatizar a preço de banana. Os empresários querem lucro. Depois que virem que não terão lucro vão abandonar como aconteceu com a malha ferroviária federal do Nordeste.”
 

Edição: Heloisa de Sousa