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igreja católica

Papa decide até fim do ano se permite padres casados e ordenação de mulheres

Documento final do Sínodo da Amazônia reconhece liderança feminina, mas permissão seria para postos considerados menores

28.out.2019 às 17h30
Brasil de fato São Paulo (SP)
Redação
O papa Francisco reunido com os bispos no Sínodo da Amazônia, encerrado no domingo (27)

O papa Francisco reunido com os bispos no Sínodo da Amazônia, encerrado no domingo (27) - Vatican Media

O papa Francisco deve decidir até o fim do ano se acata as sugestões contidas no documento final do Sínodo da Amazônia, encerrado no domingo (27) no Vaticano. Entre as propostas aprovadas pelos bispos, está a permissão de casamento para padres e a ordenação de mulheres como “leitoras” e “acólitas” – cuja função consiste em auxiliar o diácono durante as missas. Para as mulheres, seria reservado ainda um novo ministério, o das “dirigentes de comunidade”

O papa pode ignorar as sugestões, acatar apenas para a Amazônia – o que é mais provável, dentro da estratégia do Vaticano de expandir sua atuação na região – ou fazer com que valham para toda a Igreja Católica.

Para Marinella Perroni, biblista e fundadora da Coordenação de Teólogas Italianas, o Sínodo promoveu avanços na discussão sobre o celibato e a participação das mulheres em postos de comando, mas ela lembra que “as coisas são complexas” e que “os tempos na igreja são sempre muito lentos”.

Confira abaixo trechos da entrevista de Perroni publicada no jornal italiano La Stampa e republicada no site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU), com tradução de Moisés Sbardelotto.

Pergunta: Os bispos se abrem aos padres casados: qual a sua opinião?

Marinella Perroni: Os tempos da Igreja são sempre muito lentos. Ainda no Concílio Vaticano II essa reivindicação havia sido apresentada, e isso significa que está na vivência real da Igreja há muito tempo. Paulo VI a bloqueou, ele não estava pronto, mas, talvez, nem a Igreja estivesse pronta. Agora, uma petição semelhante passa por maioria de votos em um Sínodo local, mas ao qual foi reconhecido um peso considerável. Foram dados passos à frente.

Quais?

Podemos dizer isso com um pouco de ironia: se foram necessários mais de 1.100 anos para que, como diz o Segundo Concílio Lateranense (1139), a ordenação sacerdotal se tornasse definitivamente um impedimento ao matrimônio, também podemos aceitar que seja necessário mais de um século para o matrimônio não seja mais um impedimento à ordenação!

Sem celibato, podem diminuir os abusos e os desvios dos padres?

É claro que os desvios, mas não só os sexuais, também os ligados à comida ou ao dinheiro, são sempre expressão de um estado de desidentificação e de frustração. Eu, no entanto, nunca aceitei a equação segundo a qual os desvios sexuais dependeriam do estado celibatário. Testemunha disso são os abusos familiares ou o turismo sexual, que vê homens casados na linha de frente. Eventualmente, eu consideraria mais oportuno pensar na relação entre masculinidade e abusos. Sem, por isso, querer fazer das mulheres uma reserva humana de inocência, mas relacionando a questão dos abusos e dos desvios também com a das diferentes formas de poder.

O papa Francisco anunciou que irá convocar novamente a “Comissão sobre o Diaconato das Mulheres”: qual a sua opinião?

Parece-me que o papa disse que outros estudiosos também farão parte dela. Se os bispos pediram isso, certamente significa que a exigência de que as mulheres na Igreja Católica assumam ministérios hierárquicos nasce a partir de baixo. Fiquei impressionada que, no documento final, no parágrafo dedicado ao serviço eclesial das mulheres, repete-se várias vezes o termo “liderazgo” (liderança). Na minha opinião, seria necessário ir na direção de que não se trata de instituir um diaconato feminino, porque o diaconato na Igreja é um só, e a questão autêntica é se ele pode ou até deve ser exercido também por mulheres.

O que a senhora acha da ordenação feminina?

As coisas são complexas de acordo com qual ordenação se trata. No documento final, postula-se que seja revista o motu proprio de Paulo VI, Ministeria quaedam, de 1972, que praticamente excluiu as mulheres de qualquer ordenação, e que elas possam ser ordenadas ao Leitorado e ao Acolitado, ou seja, a dois ministérios considerados menores, mas mesmo assim recebidos por ordenação. O pedido também foi feito em outros Sínodos e recusado. Agora foi aprovado por maioria. Confirma-se, assim, que a passagem dolorosa está precisamente na palavra “ordenação”, porque, de fato, as mulheres são leitoras e acólitas, e até muito mais, decisivamente, há muito tempo.

Qual é a novidade?

Será “instituído” um novo ministério ad hoc para as mulheres, o de “mulher dirigente de comunidade”, e isso significa reconhecer uma realidade de fato, mas, mais uma vez, à luz, senão de uma discriminação, de uma tendência ao apartheid: as lideranças de comunidade não deveriam ser homens e mulheres?

Essas aberturas representam bem as mudanças que estão ocorrendo dentro e ao redor da Igreja?

Dentro, talvez. Fora, um pouco menos. A história do mundo hoje certamente corre muito mais rápido do que a história da Igreja.

 

Editado por: João Paulo Soares
Tags: amazôniaradioagênciavaticano
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