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Início Política

SINDICALISMO

Seminário debate mudanças no mundo do trabalho e a política sindical

Atividade promovida pela Federação dos Metalúrgicos do RS reuniu representantes de entidades de classe e patronais

29.out.2019 às 18h52
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h52
Porto Alegre (RS)
Renata Machado
Evento foi realizado no auditório do Sindipolo, em Porto Alegre

Evento foi realizado no auditório do Sindipolo, em Porto Alegre - Fotos: Renata Machado

Em torno de 100 dirigentes sindicais, de diversas regiões do Rio Grande do Sul, lotaram o auditório do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica de Triunfo (Sindipolo), em Porto Alegre (RS), no seminário sobre relações sindicais “Mudanças estruturais no mundo do trabalho: Desafios para a reestruturação do movimento sindical e do sistema de negociação coletiva”, na manhã desta segunda-feira (28). A atividade reuniu representantes de entidades de classe e patronais e foi promovida pela Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS). O objetivo era debater e criar respostas para reestruturar a relação sindical.

O sociólogo e diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, enfatizou o processo de mudanças profundas que atravessa o processo produtivo no mundo todo. “O mundo do trabalho está mudando, não sabemos o que virá pela frente, nem os empresários sabem. Mais de 100 países já fizeram reformas trabalhistas e isso era uma demanda do setor industrial mundial”, conta. Outra alteração que, para Clemente, precisa ser levada em conta é há mudanças também nos proprietários das empresas e no investimento feito. “Atualmente, a taxa de investimento é de apenas 1/4 do lucro da indústria”.

Todas essas alterações se refletem nos mais diversos segmentos. “Há uma estagnação mundial, que impede o crescimento e faz com que o desemprego se torna estrutural, aumentando a flexibilização do trabalho e diminuindo os salários”, exemplificou. De acordo com ele, devido a desindustrialização no Brasil, estamos hoje, no mesmo patamar que na década de 1950.

“É um momento crítico e desfavorável. O mundo vai pegar fogo, pois os resultados desse modelo industrial não são aceitáveis”, declarou Clemente que afirmou ainda que, segundo dados do IPEA, nos próximos 10 anos, 60% dos trabalhadores terão mudanças nas suas relações de trabalho. “Tudo o que construímos e sabemos até agora de movimento sindical não pode ser referência para o movimento sindical aqui para frente”, garantiu.

Entidades patronais também enfrentam dificuldades

Estagnação mundial leva a cenário de desemprego e corte de direitos

Destacando as dificuldades que os empregadores enfrentam, o vice presidente do Sinmetal, coordenador da Comissão de Negociação da CCT do Sinmetal e vice coordenador da Contrab-FIERGS, Guilherme Scozziero, salientou o alto número de empresas fechando. "A indústria tem menos e paga mais, pois neste processo de desindustrialização, houve um aumento significativo de impostos e poucos investimentos", disse.

De acordo com ele, muitas empresas pequenas são de famílias e os filhos não querem dar continuidade, não querem empreender. Além disso, Guilherme acredita que a situação é ainda pior para os empregadores, pois as entidades patronais estão sendo muito impactadas a alteração no descinto compulsório, porém defendeu que a Reforma Trabalhista trouxe segurança jurídica para as empresas. "Há realidades muito diferentes até entre os municípios, quem perde tempo no trânsito pode gostar de ter 30 minutos de intervalo e sair mais cedo, por exemplo".

Ele também defendeu que os trabalhadores precisam ser ouvidos, pois acredita que muitos querem flexibilizar a jornada. Para Guilherme, a unicidade deixará de existir, porém ele também crítica também a pluralidade sindical. "Precisamos de interlocutores qualificados e de ponta, com capacidade de fazer com que os diálogos e as negociações evoluam. Tanto que estamos aqui reunidos, buscando o melhor para o movimento sindical", concluiu.

O coordenador da Comissão de Negociação da CCT do Simers, Edison Hauser falou da representatividade do sindicato e destacou o mercado gaúcho, que produz 62% das máquinas agrícolas de todo o Brasil. "O Simers prima por uma relação construtiva com todas as entidades. Para isso é importante reconhecer os papéis de cada um e buscar encontrar soluções conjuntas".

Já o advogado e assessor jurídico do Simers, Thiago Guedes, abordou aspectos jurídicos das negociações. Para ele, a reforma sindical que se avizinha pretende fazer o que diziam que fariam na Constituição Federal de 1988. "O risco neste momento, é que qualquer mudança legislativa pode dar errado", ponderou ele.

Thiago endossou a importância de uma reestruturação sindical com unidade. "Nosso maior impasse nas negociações e dar conta de atender demandas de grandes empresas como AGCO, John Deere e de inúmeras outras pequenas empresas que são atendidos pela mesma convenção". Segundo ele, é preciso deixar os sindicatos vivos, por isso, esse não é o momento de estabelecer posições duras.

"O nosso objetivo é fazer com que as convenções cheguem e sejam cumpridas por todas a empresas, para isso o pequeno empresário, assim como o trabalhador precisa entender o papel e a importância das entidades sindicais, sejam patronais ou de trabalhadores", enfatizou.

Repensar o movimento sindical

Movimento sindical passa por grandes transformações e requer transformações

Por fim, o secretário de Finanças da FTM-RS, Milton Viário recordou que há quatro anos, a Federação iniciou um trabalho diferenciado com as entidades filiados no que toca a representatividade e organicidade. "Não podemos ter ilusões com a relação sindical e para isso é importante entender o papel de cada um. O relacionamento sindical é pragmático, embora seja um relacionamento de diferentes”.

Outro aspecto salientado por ele é que estamos num período de transição, isso é difícil pois muda o paradigma. "O papel do Sindicato sempre foi de fiscal da lei, é isso está se modificando. Por isso, é necessário a construção de um novo dirigente, de um novo sindicato e de novas relações".

Milton apontou quatro elementos fundamentais na construção de uma nova cultura sindical: padrão que identifique os metalúrgicos da CUT, desenvolver a escuta, relação direta sem intervenção do estado e por último, a necessidade de preservar a figura do negociador.

“É consenso que a industrialização ou a reindustrialização é primordial para o desenvolvimento do país e também para o movimento sindical. Para que se reestruture e para que os trabalhadores adquiram capacidade de se tornar protagonistas no processo de transformação, colocando seus interesses e visão de mundo na construção da sociedade e da economia do futuro com justiça, igualdade, solidariedade e paz para todos”, finalizou Milton.

Após, o debate foi aberto para a plenária.

Editado por: Marcelo Ferreira
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