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Memória

Crime de Mariana (MG) não foi o primeiro caso de violação envolvendo a Vale; relembre

Conflitos ambientais e sociais têm relação com o controle da empresa por grupos financeiros

05.nov.2019 às 14h47
Belo Horizonte (MG)
Wallace Oliveira
Lama tóxica destruiu o Rio Doce em novembro de 2015

Lama tóxica destruiu o Rio Doce em novembro de 2015 - Agência Brasil

Quando, no dia 5 de novembro de 2015, rompeu a barragem da Samarco em Mariana, a maior parte da população recebeu pela primeira vez uma notícia de violação de direitos envolvendo a Vale. No entanto, a mineradora, que divide o controle da Samarco com a australiana BHP Billiton, há anos tem sua atuação contestada no Brasil e em outros países.

A Vale no mundo

Presente em cerca de 30 países dos cinco continentes, a Vale é a terceira companhia na indústria global de mineração de metais, a maior na produção mundial de ferro, vice-líder na produção de níquel, além de participar das cadeias globais de manganês, cobre, carvão, pelotas, ferroligas e fertilizantes.

Essa atuação global rende muito dinheiro, mas também muitas denúncias de violação de direitos de funcionários e comunidades locais. Em junho de 2011, por exemplo, dois trabalhadores da Vale morreram soterrados em acidente subterrâneo na mina de níquel Stobie, em Ontário (Canadá). Em 2017, a empresa decidiu fechar a mina, aberta há quase um século, por conta da queda no preço do metal. Parte do quadro de funcionários foi demitido.

:: Leia também: Especial | Quatro anos do crime da Vale no Rio Doce ::

A empresa iniciou o projeto “Moatize” de extração de carvão, em 2009, na província de Tete, Moçambique. O projeto ocupou uma vasta área utilizada por produtores de tijolos na extração de argila e camponeses. Esses trabalhadores foram removidos. Em 2015, cerca de 1300 famílias reassentadas enfrentavam falta de água e terras impróprias para trabalhar nas áreas dos reassentamentos.

Trabalho escravo

Em 2015, antes do rompimento da Barragem de Fundão, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale publicou um relatório denunciando algumas violações de direitos. O relatório pode ser obtido na internet, acessando o link: tinyurl.com/yxl6uf2b.

Em 26 agosto de 2014, por exemplo, um operário morreu e outro ficou ferido no desabamento de um túnel na Mina do Pico, em Itabirito. Em fevereiro de 2015, em Mariana, o mecânico Ildeu Aparecido Romeu, de 43 anos, morreu esmagado por uma empilhadeira na mina de Fábrica Nova. No mês seguinte, fiscais do trabalho notificaram a Vale por submeter 300 trabalhadores a condições análogas à escravidão, em Itabirito, região central do estado.

Privatização e atuação mais agressiva

Antes de ser privatizada, a Vale era a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A empresa foi criada em 1942 como estatal, com investimentos públicos. Em abril de 1997, a CVRD foi vendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por US$ 3,4 bilhões, com subsídio do BNDES para os compradores. Em 2009, o lucro líquido da agora Vale S.A. seria superior ao valor da venda (cerca de US$ 5,3 bilhões).

A transferência de riqueza do setor público para o capital privado não foi o único desdobramento pós-privatização. Márcio Zonta, da coordenação nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), afirma que, ao longo das décadas, a mineradora tem criado um receituário ou padrão de atuação nos diferentes países. Esse padrão tem como pilares a militarização em torno dos projetos e áreas mineradas, a cooptação de lideranças e a compra de culturas locais.

“Há um compêndio de ações da Vale, tanto pelo âmbito violento quanto pelo âmbito cultural, para dominar as sociedades onde implementa seus projetos. As cidades mineradas, por sua vez, estão hoje entre as mais miseráveis do Brasil”, detalha Márcio Zonta.

Ele acrescenta que a privatização precisa ser relacionada a um processo mais amplo de remodelagem do sistema produtivo da Vale e de abertura do capital e inserção no mercado de ações. Os maiores acionistas, segundo dados da empresa, são a Litel (21%), o BNDESPar (6,3%), o Bradespar (5,7%) e a Japonesa Mitsui&aCo (5,6%).

Privatizada e sob controle de grandes bancos, as mineradoras terceirizam cargos de trabalho, travam uma corrida pelos recursos minerais em todo o mundo e expandem a exploração, a um ritmo superior. “O que importa, agora, é abrir mais linhas para dar lucro a uma gama de acionistas. Para tanto, ela retira dos sistemas de segurança no trabalho. No sistema de barragens também”, explica.

Editado por: Joana Tavares
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