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Soberania nacional

Editorial Paraná | Energia e soberania

Luta contra a privatização da Petrobrás e da Eletrobrás é fundamental para o Brasil

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Mundialização do capital – hegemonizado pelo setor financeiro – busca controlar o modelo energético e suas cadeias produtivas
Mundialização do capital – hegemonizado pelo setor financeiro – busca controlar o modelo energético e suas cadeias produtivas - Tania Regô/Agência Brasil

A questão energética está no centro da geopolítica global e é estratégica na conjuntura atual. Energia é o resultado de relações sociais de produção capazes de elevar a produtividade do trabalho e, por outro lado, uma mercadoria indispensável à vida cotidiana, possuindo um mercado imenso e valioso.

No Brasil, as bases do setor energético foram estruturadas pelo estado. Campos de produção petroleira, refinarias, plataformas, grandes hidrelétricas e linhas de transmissão, subestações, oleodutos e gasodutos, sistemas de distribuição e comercialização, etc. Tudo baseado no custo de produção, manutenção, amortização e remuneração média do capital investido.

A mundialização do capital – hegemonizado pelo setor financeiro – busca controlar o modelo energético e suas cadeias produtivas e elevar preços aos parâmetros internacionais, em geral muito maiores que os custos internos, como no caso da eletricidade.

Desta forma, a luta contra a privatização da Petrobrás e da Eletrobrás é fundamental para o Brasil. A capacidade instalada de elevada produtividade construída pelos trabalhadores deve proporcionar ao povo brasileiro o direito de usufruir coletivamente dessas riquezas em eletricidade e combustíveis mais baratos, na educação, saúde, cultura, moradia e construção de um modelo energético que atenda às necessidades do povo, e não à ambição insaciável do capital financeiro. 

Edição: Robson Formica