Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

PEC DA PREVIDÊNCIA ESTADUAL

“Operação Ópera” foi premeditada pela Assembleia Legislativa do Paraná

Documento com o Plano de Operação da PM mostra que Alep pretendia realizar sessão em outro local e contou com quase 1,5

06.dez.2019 às 16h30
Porém.net
Manoel Ramires
Efetivo policial passou da casa do milhar. No primeiro turno, participaram 200 profissionais da RONE/Choque e 676 agentes no total

Efetivo policial passou da casa do milhar. No primeiro turno, participaram 200 profissionais da RONE/Choque e 676 agentes no total - Lia Bianchini

Durante as sessões da Assembleia Legislativa do Paraná realizadas na Ópera de Arame, os deputados governistas e a mesa executiva atribuíram a mudança de local à ocupação promovida pelo funcionalismo estadual. O alvo principal dos políticos era a APP-Sindicato, entidade que reúne professores e funcionários de escola e foi alvo, junto com o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindarspen), do pedido de reintegração do posse.

Ao anunciar à imprensa a mudança de local, por volta das 10h30, o presidente Ademar Traiano (PSDB) destacou a liminar obtida no Tribunal de Justiça que garantia a reintegração de posse, mas que mesmo sendo autorizada pela decisão, não seria empregada força policial contra os grevistas.

“Regimentalmente, é possível e vamos votar na Ópera de Arame, hoje, em primeiro e segundo turno. A gente pode fazer isso e hoje encerra esse processo”, declarou à imprensa Traiano.

O anúncio pegou de surpresa os deputados. Muitos se manifestaram no pequeno expediente contra a mudança feita às pressas. O deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, informou que ficou sabendo da mudança de local juntamente à imprensa e que os deputados não foram consultados desta alteração de local.

Líder da Oposição, Veneri disse que deve protocolar na segunda-feira (9) o pedido de anulação da votação. Foto: Dálie Felberg

“A comunicação foi feita por volta das 10h30 e foi um ato da mesa executiva. O presidente Ademar Traiano, primeiro secretário, Luiz Claudio Romanelli, e do segundo secretário, Pastor Gilson. Eles decidiram que só poderia estar lá a imprensa credenciada e que os deputados não poderiam levar assessoria jurídica e de imprensa. Os parlamentares protestaram e a mesa recuou. A gente ficou surpreso com o aparato policial de Curitiba e do interior para fazer a proteção da sessão”, recorda Veneri.

O que o líder da oposição desconhecia é que o presidente Traiano tinha uma carta na manga muito antes da ocupação, chamada “Operação Ópera”. Este planejamento de guerra foi premeditado e minuciosamente executado. A APP-Sindicato, por exemplo, recebeu a notificação de um interdito proibitório da Ópera de Arame pedido por Traiano logo após deixar a Alep e antes da assembleia da categoria definir pela permanência da ocupação no dia 3 de dezembro.

Presidente e primeiro secretário da Assembleia Legislativa. Foto: Dálie Felberg

Operação prévia

O Porém.net teve acesso à Ordem de Operação Nº 036/2019 do 1º Comando Geral da Polícia Militar. O documento de 3 de dezembro, ou seja, no mesmo dia da ocupação, informa os preparativos para que a sessão fosse realizada na quarta-feira (4). Está registrado na “Operação Ópera” que  a finalidade é dar suporte “para a realização dos atos destinados a votação do Projeto de Lei que trata sobre a reforma da previdência dos servidores públicos civis do Estado do Paraná, que ocorrerá nos dias 4 e 5 de dezembro de 2019, na Ópera de Arame, cidade de Curitiba-PR”. A orientação, portanto, previa que as sessões atravessassem a quarta-feira e ocorressem também na quinta (5).

Outro trecho deixa claro que a intenção da mesa executiva era trocar o local da votação, independente da liminar de reintegração de posse. “Em razão da invasão da ALEP, o Poder Legislativo optou por prosseguir com os trabalhos de votação do projeto de lei no dia 4 dez. 19, a partir das 9h a ser realizado na Ópera de Arame”.

Impedidos de acompanhar sessão no dia 3, servidores tentam ocupar a Alep e são contidos pela PM. Foto: Leandro Taques

A partir daí, é descrito o passo a passo para que a votação acontecesse longe do Centro Cívico. A operação teve início a 00h00 do dia 4 (ainda dentro do prazo de execução da liminar) com a tropa do BOPE ocupando e mantendo o espaço da Ópera de Arame.

A Ordem de Operação nº 036/2019 traz mapas e desenhos de como deveria ser feito o isolamento, o posicionamento de helicópteros, bombeiros, ambulâncias, o acesso da imprensa e o posicionamento dos manifestantes. Foram estabelecidos quatro pontos de bloqueio e uma observação em especial que era monitorar o público e os jornalistas.

“A PM  deverá realizar as filmagens e registro fotográfico das ações realizadas por manifestantes e policiais militares no local da operação, ainda como missão repassar qualquer informação, tanto aos populares quanto à imprensa”, observa o documento.

Servidores públicos em greve realizaram marcha na terça-feira. Bandeira do Paraná ensanguentada recorda 29 de abril de 2015, quando servidores foram massacrados. Foto: Gibran Mendes

Estava premeditado

Para o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, todo esse planejamento revela que o governo do estado e seus aliados estavam dispostos a votar a Reforma da Previdência Estadual a qualquer custo.

“O governo e seus aliados planejaram meticulosamente a votação fora da assembleia legislativa. Isso comprova o tamanho da violência do Estado para com os que atendem a população paranaense. Desviar milhares de policiais da função de proteger a população para conter uma manifestação democrática e dar guarida a deputados que deveriam ser o exemplo da transparência é, no mínimo, um absurdo. Esconderam-se feito ratos numa verdadeira gaiola cercados por um efetivo imenso de policiais: isso não pode ser exemplo de democracia. O governo Ratinho vai mostrando todo seu autoritarismo, sem diálogo e com ataques à população paranaense e aos direitos dos trabalhadores”, denuncia Hermes.

Quanto custou?

O deputado estadual Goura (PDT) demonstrou espanto com toda a operação. Ao se manifestar, ele recordou que era a segunda vez que participava de uma votação na Ópera de Arame. A primeira vez, portanto, o “projeto piloto”, ocorrera em 26 de junho de 2017, na votação do Pacotaço do prefeito Rafael Greca. Naquele dia, os vereadores de Curitiba votaram para congelar vencimentos, carreira e sacar R$ 700 milhões do fundo previdenciário dos servidores municipais, o IPMC.

O deputado informou à reportagem que vai protocolar, na segunda-feira (9) um pedido de informações com relação ao custo da “Operação Ópera”, quantos agentes de segurança foram utilizados e de onde eles vieram para participar da proteção dos deputados.

Parte dessas informações, por outro lado, já consta no documento do 1º Comando Geral. Para a operação foram utilizados Batalhão da Polícia Militar (BPM), Batalhão de Polícia Militar de Guarda (BPGD), RONE/Choque, Batalhão de Polícia de Trânsito (BPtran), Academia Policial Militar do Guatupê (APMG) e o BPMOA (Batalhão de Operações Aéreas) para apoiar “a operação com uma aeronave para utilização como plataforma de observação aérea, em estreita ligação com o Comandante da Operação”.

Em 29 de abril de 2015, no governo Beto Richa, em que o atual governador Ratinho Junior (PSD) era Secretário de Desenvolvimento Urbano, um helicóptero fez voos rasantes nos manifestantes e houve relatos de que bombas foram lançadas na multidão.  

Nesta ação, o efetivo policial passou da casa do milhar. No primeiro turno, das 6h00 às 12h00, participaram 200 profissionais da RONE/Choque e 676 agentes, no total. O segundo turno de seis horas (de meio dia às 18 horas) contingenciou novamente 200 profissionais do BOPE/Choque, num total de 776 agentes de segurança. Já o terceiro turno, que ficou por definir, não previu a quantidade de agentes a serem utilizados. Somados ao contingente humano, é descrito a utilização de Vans, carros, entre outros. O plano não prevê, no entanto, o custo de toda a operação.

Como em 2015, local foi completamente isolado. Foto: Lia Bianchini/BdF

A Operação Ópera tinha conhecimento e autorização do secretário de Segurança Pública do governador Ratinho Junior (PSD). “A Polícia Militar deverá seguir as Diretrizes emanadas pelo Governo do Estado/Secretaria de Segurança Pública”, ressalta o plano com uma importante observação: “o uso da força só deverá ser empregado como última alternativa, após esgotadas todas as possibilidades de negociação e no limite necessário para vencer a resistência nos casos de atos de vandalismo ou turba”.

Editado por: Lia Bianchini
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Bolsa de estudo

Estudantes têm até esta sexta-feira (4) para se inscrever no Prouni

após fraudes

INSS: mais de 2 milhões de aposentados estão aptos a ser ressarcidos

articulação inédita

Conselho Popular do Brics inicia encontro no Rio para pressionar chefes de Estado por escuta permanente dos movimentos

Venenos agrícolas

Agrotóxicos em lavouras de fumo causam intoxicação de trabalhadores e poluem rios no interior de SC

Artigo

O labirinto do Brasil por ser

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.