Convocada para esta terça-feira (10), a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo (SP) adiou a discussão da proposta orçamentária de 2020 do município.
Representantes de movimentos da teatro, dança, música e outras expressões culturais estiveram presentes na reunião e protestaram contra o cancelamento, ocupando o plenário da Casa.
“Tivemos essa notícia de estão querendo mudar tudo para amanhã, tanto a apreciação do orçamento quanto a votação na plenária. Então decidimos ficar aqui no plenário até que o relator venha falar conosco.”
O movimento dos trabalhadores da cultura reivindicavam um incremento de R$ 100 milhões na verba prevista para o setor na proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA)
Para eles, o valor apresentado, de R$ 439 milhões, irá afetar negativamente programas centrais do município, como como o edital de fomento à música, teatro, dança e circo, além do programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), e o Cultura Viva.
“Estamos tentando pedir uma equiparação ao orçamento de 2017, eles estão oferecendo uma equiparação de 2014, isso é gravíssimo. Então a gente acha importante nesse momento reivindicar um direito nosso, porque são vários programas em leis e que estão sendo cortados e desmontados pela prefeitura de SP”, afirma Inti Queiroz, produtora cultural e integrante do Movimento São Paulo Cidade da Música.
Após pressão dos movimentos, o vereador Atílio Francisco (Republicanos), relator da matéria na Comissão, compareceu ao plenário e comunicou a inclusão de R$38 milhões a mais a pasta da cultura. Os movimentos afirmaram, após a reunião, que irão seguir pressionando para que sua pauta seja aceita em sua plenitude.
Edição: Rodrigo Chagas