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COLAPSO DA SAÚDE

Artigo | Por que Crivella insiste em desmontar a saúde da família no Rio de Janeiro?

Profissionais da saúde estão há quase três meses sem salário; 5 mil trabalhadores foram demitidos nos últimos anos

16.dez.2019 às 10h19
Rio de Janeiro (RJ)
Alisson Sampaio Lisboa
Com a expansão da saúde da família em anos anteriores, menos pessoas foram aos pronto-socorros, internadas ou morreram por causas evitáveis

Com a expansão da saúde da família em anos anteriores, menos pessoas foram aos pronto-socorros, internadas ou morreram por causas evitáveis - Divulgação

Exploração não existe. Os profissionais de saúde do Rio de Janeiro que trabalharam nos últimos quase três meses e não receberam salário, o fizeram de livre e espontânea vontade.

Quem quiser ganhar dinheiro para pagar aluguel e não ser despejado; pagar transporte para ir trabalhar; comprar comida; pagar conta de água e luz, que procure outro emprego ou vá morar com familiares. Afinal, trabalhar com saúde é sacerdócio.

Demissão em massa não existe. Nos últimos três anos, 5 mil trabalhadores da saúde deixaram os seus empregos pois preferiram tirar férias para se dedicar mais à família e a novos projetos. 

Assédio não existe. Segundo a nova carteira de trabalho “verde e amarela” do Bolsonaro, você tem que escolher entre ter emprego ou ter direitos. Se você quiser continuar no emprego, abdique do direito de greve.

Não existe falta de médicos nos serviços. Tais profissionais alegam fim da bonificação no salário por distância da clínica e por terem pós-graduação, além de, em alguns casos, trabalharem sem nem firmar contrato.

O que há de errado nisso? Vínculo empregatício não existe, está ultrapassado. Cada um de nós seremos "pejotizados" e empresários de nós mesmos. Teremos o direito de sermos demitidos a qualquer momento, caso não cumpramos as metas de produtividade traçadas para as “UPAs da família”.

Não existe falta de remédio nas Clínicas nem de leitos ou insumos nos hospitais. Quem não quiser o luxo de esperar atendimento deitado em maca no corredor, que pague plano de saúde.

Fundamentalismo não existe. Ninguém acredita que forças sobrenaturais irão curar o diabetes de Dona Maria e que evitarão a amputação do seu pé. Ninguém acredita que ela não precisa se furar todos os dias para tomar insulina. Que é só ter fé e comprar o seu pedaço do céu. Isso é coisa de 500 anos atrás, já passou.

Autoritarismo não existe. A Globo não foi barrada na última sexta-feira (13) na porta da prefeitura. Record, Band e SBT não tiveram livre acesso ao prefeito. Não existe disputa entre as emissoras para ver quem será o próximo Cidadão Kane. Plano de poder não existe.

A mais nova música do cantor Arnaldo Antunes, “O real resiste”, ironiza a oratória do presidente Jair Bolsonaro em negar a própria realidade nua e crua das ações absurdas do seu governo e assim taxar os seus críticos de disseminadores de fake news. Assim como Bolsonaro, Crivella aprendeu direitinho as lições de Donald Trump e Steve Bannon.

No entanto, tem sido um problema candente para todos discernir o que é real e o que é fantasia. Ou, como certa vez um velho sábio chinês formulou:

“De onde provém as ideias corretas? Por acaso, caem do céu? Serão, porventura, inatas dos cérebros?”

Certamente não. O velho sábio nos ensina que a prática social é o critério da verdade e só ideias colocadas em prática e que trazem bons resultados podem ser consideradas. Não há outro método para comprovar a verdade.

Com a expansão da saúde da família no Rio de Janeiro em anos anteriores, menos pessoas foram aos pronto-socorros, internadas ou morreram por causas evitáveis. Menos procedimentos desnecessários foram cometidos. Pessoas acamadas e com dificuldade de locomoção tiveram suas casas visitadas por profissionais de saúde. Mais pessoas conseguiram um cuidado coordenado, continuado e humanizado.

Diante da realidade, por que o Crivella insiste em desmontar a saúde da família que nos três anos do seu governo perdeu 17% de cobertura populacional e inchou as equipes de pacientes? Por que acabou com mais de 200 equipes? Por que contingencia recursos, atrasa salários e diz que a prefeitura não tem dinheiro?

O real existe, o SUS resiste e Crivella mata gente todos os dias. Gostaríamos que fosse só uma ilusão e que depois se dissipasse, mas, para nós, trabalhadores, só nos resta acordarmos desse pesadelo e exigirmos o que é nosso por direito.

*Alisson Sampaio Lisboa é Médico de Família e Comunidade, diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e membro da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: rio de janeirosaúde
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