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Comemoração

Artigo | Serviço de Assistência Rural da Arquidiocese de Natal (RN) celebra 70 anos

Movimento da igreja católica foi essencial para apoiar luta dos trabalhadores rurais no Rio Grande do Norte

17.dez.2019 às 14h00
Natal (RN)
Diác. Francisco Adilson da Silva
Além das lutas camponesas, SAR também participou de movimento de alfabetização e assistência técnica aos produtores

Além das lutas camponesas, SAR também participou de movimento de alfabetização e assistência técnica aos produtores - Divulgação/SAR

Cerca de meia dúzia de jovens padres nos idos dos anos 40, diante dos desafios de um estado com crescentes problemas sociais – desemprego, alta taxa de concentração fundiária, coronelismo, miséria, fome e altíssimo índice de analfabetismo -, começaram a se questionar como evangelizar dentro e a partir desta realidade. O Rio Grande do Norte, nessa época, concentrava a sua população na área rural, tendo Natal, aproximadamente, 60 mil habitantes.
Entre os nomes que mais se destacaram estão os do Pe. Eugênio Sales, Pe. Nivaldo Monte, Pe. Alair Vilar, Pe. Raimundo Barbosa, Pe. Expedito Medeiros e Pe. Pedro Moura. Entre eles, os três primeiros vieram a se tornar bispos. Vale ressaltar também o importantíssimo envolvimento de muitos leigos e leigas, professores, advogados, engenheiros agrônomos e outros que não somente colocavam sua mão de obra para a ação, mas que também eram “cabeças pensantes” que ajudavam Pe. Eugênio e Pe. Nivaldo a “darem corpo” ao Movimento de Natal, responsável pela atuação na área rural do estado por parte da Diocese.
Em dezembro de 1949, esse grupo de padre, leigos e leigas criou uma instituição denominada de Serviço de Assistência Rural – SAR, que passou a ser o expoente das ações. Ancorado nela, o Movimento vai alargando seus passos e muitas ações foram sendo implementadas: trabalho de assistência técnica na área rural que deu origem a ANCAR (hoje Emater); criação da Rádio Rural para o desenvolvimento das Escolas Radiofônicas num trabalho de alfabetização a distância, que deu origem ao Movimento de Educação de Base – MEB; e a implantação do Programa de Educação Política em plena ditadura militar. 
Com a alfabetização dos trabalhadores e trabalhadoras, dando-lhes assistência técnica para melhorar a produção, o SAR incentivou o processo de comercialização, criando 14 cooperativas. A partir daí, viu-se a necessidade de organizar os trabalhadores e trabalhadoras, ainda explorados pelos coronéis, para criar os sindicatos rurais que, depois, deram origem à FETARN. Ao lado do movimento sindical, o SAR entra na luta junto aos canavieiros na Zona da Mata/Agreste por melhores condições salariais e dignidade, além de incentivar a luta pela Reforma Agrária. Destacam-se outras ações como a luta conjunta com os atingidos pela Barragem Armando Ribeiro, em São Rafael-RN; o apoio à Pastoral dos Pescadores e a criação das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs.
Se hoje é difícil muita gente entender a ação social da Igreja, acusando-a muitas vezes de “comunista” e “marxista”, como estamos vendo os insultos atualmente ao Santo Padre e a todos os que a ele se somam dentro do Ensino Social da Igreja e na fidelidade ao Evangelho, imaginemos como foram acusados os que engendraram o Movimento de Natal e o próprio SAR. O trabalho era realizado sob o controle destes que cerceavam a liberdade de expressão e a própria ação da Igreja.
Com o processo de reabilitação democrático, o SAR passou a atuar no Controle Social das Políticas Sociais Públicas. Em 2015, a organização agregou ao seu projeto outras linhas de ação como meio ambiente, com destaque na questão hídrica e educação ambiental; a Economia Popular Solidária, Geração de Emprego e Renda. Na área urbana, passa a realizar um trabalho de qualificação profissional e empreendedorismo, entre jovens da periferia de Natal, concentrando este trabalho em Mãe Luiza.
Para os próximos anos, a previsão de ações do SAR se dá no campo da intensificação do debate sobre o controle social, sobretudo em relação à necessidade de manutenção das Políticas Sociais Públicas e da participação popular e democrática; bem como a Inserção na discussão do PEADS (Programa de Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável) junto as Escolas Municipais e Estaduais, e a promoção do debate público sobre a questão das energias renováveis e dos efeitos negativos de grandes projetos que estão se instalando no RN.
Celebrando seus 70 anos o SAR, como sempre fez, vai se “reinventando” de acordo com a realidade sócio-política-religiosa, sem perder de vista sua missão pastoral evangelizadora, “com um pé na Igreja” e “outro pé no mundo”, unindo fé e vida e sendo sinal do reino entre nós.

*Diácono Francisco Adilson da Silva é coordenador executivo do SAR.
 

Editado por: Isadora Morena
Tags: bdf rnbrasil de fato rnigreja católica
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