Paraná

BOLETIM CULTURAL

Boletim Cultural estreia falando sobre videoclipes de Jenine Mathias e Raissa Fayet

As principais repercussões da semana na arte e cultura

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

Ouça o áudio:

A cantora Janine Mathias aponta que é uma missão comunicar a beleza negra e a força que é ser artista, em espacial nos tempos atuais
A cantora Janine Mathias aponta que é uma missão comunicar a beleza negra e a força que é ser artista, em espacial nos tempos atuais - Foto: Edilaine Alves

Lançamento

O R&B “Rumores”, que está em “Dendê”, primeiro disco da cantora e compositora Janine Mathias, fala sobre desilusões e todas as coisas que somente a paixão pode fazer. A autoria da música é fruto da parceria entre Janine e Eduardo Brechó.

“Sem avisar, nos sacode, nos faz viajar e enfrentar limites. Acho que amar é viver desejando o melhor sabor de um encontro”, diz a cantora. “Mesmo que nunca aconteça nada mais que Rumores, o desejo de ser amada também é intrigante. Sabor de quero mais, florescer emoções em meio às expectativas da solidão de amar. A música é sobre auto-estima, se reerguer e tocar no mais íntimo de nós”, completa.

A maquiagem do clipe é de Josi Helena, outra profissional que acompanha a cantora e que tem uma posição de mercado relevante na área de beleza e conteúdo para pele negra. Já as tranças são de Taís Soares.

“Eu queria há muito tempo fazer esse clipe. Quando o disco Dendê realmente foi para o mundo eu trabalhei o tempo todo pra que as pessoas sentissem esse lugar do tempero, das emoções, das conquistas e dos dias tristes”, conta Janine.

A cantora aponta que é uma missão comunicar a beleza negra e a força que é ser artista, em espacial nos tempos atuais. “Contar com tantas pessoas brilhantes que investem comigo para que a gente mostre algo real, superando as barreiras e a invisibilidade, é importante no mercado independente, tão dependente de todos nós”, diz Janine.

Prefeitura de Curitiba sinaliza acabar com o Centro de Criatividade

O Centro de Criatividade do Parque São Lourenço (CCC) em Curitiba está com suas funcionalidades ameaçadas de serem encerradas. O CCC oferta mais de vinte cursos de arte, além de ser espaço para apresentações artísticas. Desde 29 de março de 2017, um projeto da prefeitura previa instalação do Memorial Paranista e Jardim de Esculturas João Turin dentro do parque.

A comunidade que frequenta o espaço critica a falta de transparência por parte da prefeitura.

A estudante de Direito e do curso de teatro do CCC, Vitória Trentin, contou que a única informação disponível na internet foi um requerimento de pedido de informações oficiais do município, expedido pelo vereador Marcos Vieira (PDT). Neste documento são questionados se os cursos seriam mantidos e se o Teatro Clein Jacques seria preservado.

Até o fechamento desta edição a redação não obteve resposta da Fundação Cultural de Curitiba.

Raissa Fayet critica indústria da carne em trilogia

A paranaense Raissa Fayet conclui um trilogia de clipes com temário que inclui a crítica à indústria da carne. Vegana há quatro anos e vegetariana há dez, a cantora e compositora ataca de frente a indústria da carne, o que faz lembrar neste assunto também o importante documentário “Cowspiracy – o segredo da sustentabilidade”. Ao Brasil de Fato Paraná, Raissa explicou o tom do seu projeto:

“A maior causa do desmatamento, da poluição da água e do ar é a carne (…) É tempo de a gente parar ou diminuir ao máximo o consumo dela. Esse ano lancei uma trilogia chamada Zóiuda, para expandir a consciência, para entendermos a forma de consumo, são três músicas/clipes, o último clipe é Friboi, que fala sobre o mercado e a indústria da carne. Que está ligada a commodities, acordos políticos, plantio de alimentos com agrotóxicos, etnocídio, genocídio, então é o tamanho do impacto desse consumo desenfreado, por conta dos nossos gostos, das nossas culturas, o que tem destruído vidas sucessivamente. Tempo de nos unirmos para impactar positivamente a Terra”, afirmou.

Confira o trabalho de Raissa em:

https://www.raissafayet.com/

https://www.youtube.com/watch?v=zT-mX_K5c4k&list=PLWQ-hkQAocEgUdA3rdWQdB7P9zJIqKgGa

Cineasta exibe a “Contra República de Curitiba” nos bancários

Aconteceu na terça-feira, 17, no Sindicato dos Bancários de Curitiba, a exibição do documentário “A Contra República de Curitiba”. O documentário se propõe investigar os impactos que a denominada “República de Curitiba” causou e causa na política nacional. A obra de Carlos Pronzato conta com 50 minutos de duração.

Carlos Pronzato é cineasta documentarista, diretor teatral, poeta e escritor. Suas obras audiovisuais e literárias destacam-se pelo compromisso com a cultura, a memória e as lutas populares. Ele já realizou mais de 70 documentários. Entre outras importantes distinções recebeu, em 2008, o prêmio da Clacso (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais), e em 2009, na Itália, o prêmio Roberto Rossellini, e em 2017 o Prêmio Liberdade de Imprensa pelo jornal Tribuna da Imprensa Sindical, no Rio de Janeiro.

Edição: Lucas Botelho, Pedro Carrano e Vanda Moraes