Segurança

No combate à violência, maioria prefere investimento na área social que na segurança

A opção é majoritária mesmo entre apoiadores do governo de Jair Bolsonaro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Formatura de soldados em São Paulo
Formatura de soldados em São Paulo - Eduardo Saraiva/A2IMG/Fotos Públicas

De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (30), 57% dos brasileiros acredita que o investimento nas áreas sociais devem ser a prioridade no combate à violência. Para 41%, o foco deve ser a segurança pública. Outros 2% responderam que não sabem.

Essa preferência é clara mesmo entre os apoiadores do governo de Jair Bolsonaro, eleito com o discurso de endurecimento das políticas de segurança pública. Entre os que consideram o governo ótimo ou bom, 51% optam pelo investimento social como prioridade.

A pergunta feita pelo instituto compara ações como o “combate ao desemprego e melhorias na educação” com outras diretamente ligadas à segurança, como “aumentar o número de policiais treinados e equipados nas ruas”.

A pesquisa também compara as respostas de acordo com sexo, escolaridade, renda e região do país. Dentre os fatores, as maiores diferenças estão entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental, segmento em que a minoria (42%) prefere o investimento social, e os que têm ensino médio e superior, parcela em que esta opção cresce para, respectivamente, 60% e 72%.

Nas faixas de renda, há também uma diferença relevante na escolha por investimento social entre os que declaram até dois salários mínimos (51%) e as demais, em que a preferência varia de 61% (2 a 5 salários mínimos) a 73% (5 a 10 salários mínimos).

A única faixa etária em que não há uma preferência por investimento social é entre os maiores de 60 anos, com empate dentro da margem de erro de 49% a 47%. Entre homens e mulheres, a diferença não ultrapassa a margem de erro, que é de 2 pontos percentuais.

Edição: Julia Chequer