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MEIO AMBIENTE

Aterro Viamão: População do município gaúcho conquista uma importante vitória

Câmara de Viamão aprova projeto que obriga aprovação legislativa para empreendimentos de alto impacto ambiental

07.jan.2020 às 18h54
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h54
Porto Alegre
Fabiana Reinholz
Projeto aprovado prevê audiências públicas e aprovação pela Câmara

Projeto aprovado prevê audiências públicas e aprovação pela Câmara - Foto: Priscila Kisiolar

A comunidade do município de Viamão, cidade vizinha de Porto Alegre, conseguiu uma importante vitória no último dia 26 de dezembro. A Câmara de Vereadores aprovou o Projeto de Lei (PL) 185/2019, que obriga a aprovação legislativa para instalação de empreendimentos de aterro sanitário, reciclagem e manuseio de lixo doméstico, comercial ou industrial no município. Se sancionado pelo prefeito, o PL pode impactar no andamento do processo de instalação do aterro no município, aprovado em outubro de 2019, já que vai ser necessário o aval da população e do legislativo. “Hoje, me parece que a população não daria este aval”, opina o autor do PL, vereador Guto Lopes (PSOL).

As tratativas sobre a implantação do aterro sanitário na Zona Rural da cidade começaram no início de 2019, com o processo instaurado na Prefeitura de Viamão, sob o número 037670/2018, pela Empresa Brasileira de Meio Ambiente S. A. (EBMA), com sede no Rio de Janeiro. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) autorizou, inicialmente, o manejo de fauna, e a prefeitura deu a viabilidade da instalação, mas ainda não há licenciamento ambiental, esclarece Guto.

Com uma população estimada em 285.269 habitantes, no município ficam localidades como a aldeia indígena Cantagalo e as comunidades rurais Capororoca, Passo da Batalha, Beco do Pesqueiro, uma região rica em biodiversidade. Desde que ficaram sabendo do projeto, a população tem se mobilizado intensamente para barrá-lo. Morador da região, o engenheiro ambiental Iporã Brito Possantti desenvolveu estudos que comprovam riscos à zona rural. O terreno em que se pretende ser feito o aterro fica em um dos pontos mais altos da cidade e próxima a aldeia indígena Guarani Cantagalo.

Audiências marcadas

A fim de mobilizar a população contra a instalação do lixão em Viamão, uma assembleia dos moradores foi convocada para segunda-feira (13), a partir das 19h, no Centro Comunitário Nossa Senhora de Lourdes (Estrada Anielo Feula, 2289, em frente ao Terminal Cantagalo/Figueira, Viamão). A reunião terá como pauta o relato de todos os passos realizados durante o ano de lutas contra o empreendimento, a comunicação das ações recentes e o fortalecimento da união da comunidade.

No dia seguinte, terça-feira (14), será realizada uma nova consulta sobre a instalação do aterro. Convocada pela prefeitura, a consulta pública e audiência pública está marcada para às 17h, no auditório Walter Graff (rua Mal Deodoro, 220 – Centro de Viamão. As minutas estarão disponíveis no site da prefeitura de Viamão e os interessados terão o prazo de 30 dias para consultar os documentos e enviar contribuições acerca do edital. 

Aterro impacta comunidade e município

O Brasil de Fato RS conversou com o vereador Guto sobre o seu projeto e também sobre o aterro. Para ele, os riscos ambientais aos quais a população pode ser submetida com a implantação de empreendimentos dessa natureza exigem uma fiscalização atenta. Em sua avaliação é preciso antever possíveis desastres utilizando a prevenção como maneira de proteger a população e o meio ambiente.

“O ponto da discussão (hoje) não é nem a instalação em si, mas sim a localidade escolhida. Por que ali? Por que não em uma região que causaria bem menos impacto? Por que deveríamos cogitar receber lixo de tantos outros municípios sob pena de anular o potencial da zona rural? E por que não procuramos outras tecnologias ao invés de enterrar lixo? São questionamentos que fazemos ao poder Executivo”, frisa.

Segue abaixo a entrevista

Brasil de Fato RS: Vimos que a comunidade se mobilizou durante todo o ano de 2019 contra a instalação do aterro. Estudos foram feitos sobre os impactos do mesmo. E agora temos a aprovação desse projeto. Gostaria que nos falasse mais sobre o projeto e o que ele significa?

Guto Lopes: Ele significa, principalmente, a descentralização do poder de decisão sobre empreendimentos de grande impacto ambiental. Instalações de porte como a de um aterro sanitário acabam por impactar diretamente a vida da comunidade no entorno, podendo até se estender para todo o município, se tivermos uma perda em algum setor da economia, por exemplo. Portanto, nada mais justo que as comunidades envolvidas tenham poder de decisão. Este projeto obriga empreendimentos de aterro sanitário, reciclagem e manuseio de lixo doméstico, comercial ou industrial no município, a passar por aprovação do legislativo e consultar as comunidades atingidas através de duas audiências públicas.

Vereador Guto Lopes, autor do projeto / Foto: Câmara de Vereadores de Viamão

BdFRS: Que interesses estão por trás desse tipo de empreendimento?

Guto: Certamente a prefeitura vê algum benefício econômico-financeiro, no entanto não fica evidente qual seria e para quem seria. Na vida real, se um lixão de 28 cidades aqui se instalasse, perderíamos muitos produtores, teríamos mais desemprego e mais pobreza, perderíamos a AMBEV e algumas outras empresas, e acabaríamos com nossa riqueza natural que é abundante nessa região.

O ponto da discussão (hoje) não é nem a instalação em si, mas sim a localidade escolhida. Por que ali? Por que não em uma região que causaria bem menos impacto? Por que deveríamos cogitar receber lixo de tantos outros municípios sob pena de anular o potencial da zona rural? E por que não procuramos outras tecnologias ao invés de enterrar lixo? São questionamentos que fazemos ao poder Executivo!

BdFRS: Quais são os próximos passos?

Guto: O Projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores e agora tem 8 dias para ser sancionado pelo prefeito. Se ele for vetado, ele volta para a Câmara e o veto pode ser derrubado. Esperaremos este prazo, mas ficaremos atentos às decisões da prefeitura e esperamos que a população ajude a pressionar os poderes.

O engenheiro ambiental Iporã Brito Possantti desenvolveu estudos que comprovam riscos à zona rural. Os estudos comprovam que Viamão tem baixa aptidão para receber aterros sanitários. Que alternativa poderia ser feita no município em relação ao assunto?

Primeiramente é preciso difundir a conscientização sobre o consumo, precisamos pensar sobre o que compramos e o que utilizamos para descarte, quase imediato. Ainda, a educação ambiental é uma importante aliada e deveria estar dentro das escolas, principalmente. E claro, até zerarmos nossa produção de lixo, ou aumentarmos significativamente a coleta seletiva, sempre teremos algum volume que não poderá ser aproveitado, então se houver uma destinação para um aterro, por exemplo, que seja feita com prudência e de forma a reduzir ao máximo os danos.

BdFRS: Qual a importância da participação popular?

Guto: Não existe governo justo sem participação popular! Se não fosse pela união, organização e perseverança da comunidade, talvez já estivéssemos recebendo lixo de 28 cidades, perdendo agricultores com selo de produção orgânica, gastando mais com saúde pública pela poluição da água ingerida, e teríamos perdido a AMBEV, hoje maior arrecadadora de impostos do município, instalada aqui justamente pela pureza da água. Em Águas Claras, a forte mobilização popular também derrubou a instalação do mesmo tipo de empreendimento na região.

Governar de forma unilateral é escolher beneficiar alguns em detrimento de muitos. Além disso, sem alinhamento com a população não é possível compreender a realidade do município, e tampouco resolver os problemas existentes. E sem resolução você tem um povo que se sente negligenciado, esquecido, insatisfeito, que não produz e que não desenvolve, o que rebate justamente no município. Nada está desconectado! Então o povo é peça chave em uma administração de sucesso.

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: radioagência
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