Relações Exteriores

Bolsonaro escapa de ir a Fórum Econômico Mundial em Davos

Na edição do fórum do ano passado, intervenção do presidente brasileiro foi considerada “falaciosa” por analistas

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De acordo com o porta-voz, “as razões para o cancelamento são as esboçadas há tempos”
De acordo com o porta-voz, “as razões para o cancelamento são as esboçadas há tempos” - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“O presidente e uma equipe de assessores analisam uma série de aspectos, aspectos econômicos, aspectos de segurança, políticos. E o somatório desses aspectos, quando levados à apreciação do presidente, ele viu que não era o caso de participar desse fórum.” Com esta justificativa, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, anunciou a desistência do chefe do Executivo brasileiro de ir ao Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça).

De acordo com o porta-voz, “as razões para o cancelamento são as esboçadas há tempos”. “Segurança é um dos aspectos analisados, não é prioritária. Mas não é exclusivamente por questões de segurança”, justificou. No ano passado, Bolsonaro participou do fórum na cidade suíça e fez um breve discurso que analistas consideraram “falacioso”.

O porta-voz acrescentou que “não há qualquer ligação com o fato envolvendo o Irã e o Iraque”. O Fórum de Davos, que discute a conjuntura econômica anualmente, será realizado entre os dias 21 e 24 deste mês. “Economias mais justas”, “Como salvar o planeta”, “Futuros saudáveis” e “Tecnologia para o bem” são alguns dos temas que serão discutidos no evento em 2020.

Questionado a respeito, Rêgo Barros afirmou ainda que Bolsonaro “entendeu o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (nesta quarta-feira, 8), como um pronunciamento sereno e firme evitando ampliar a crise”. O chefe de Estado brasileiro chegou a fazer uma live mostrando a si próprio assistindo ao discurso de Trump.

No pronunciamento, o primeiro após os ataques do Irã a bases militares no Iraque nesta terça-feira (7), Trump disse que “parece que o Irã está recuando” e se “acalmando”. O americano chegou a falar da possibilidade de o país persa participar do processo de paz do Oriente Médio e ajudar na construção de “um futuro de prosperidade e harmonia”. A fala do líder estadunidense foi avaliada como um recuo por analistas.

Edição: Rede Brasil Atual