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Início Español

MAS VENENO

Crece el mercado de agrotóxicos ilegales en Brasil; entienda los riesgos

Investigaciones estiman productos de contrabando pueden representar hasta 24% del comercio nacional de venenos agrícolas

14.jan.2020 às 13h04
Brasilia
Erick Gimenes

Agroquímicos ilegales tienen mayor riesgo, pero eso no puede servir para defender el uso de los venenos legales, dice coordinador de campaña - Ibama/Reproducción

El mercado de agrotóxicos ilegales – robados o contrabandeados – ha crecido en Brasil, de acuerdo con investigaciones de entidades vinculadas al agro negocio.

Un informe del Instituto de Desarrollo Económico y Social de las Fronteras (IDESF) señala, por ejemplo, que 20% de los agrotóxicos vendidos en el país son de origen ilegal. La Federación de las Industrias del Estado de São Paulo (FIESP) estima que el número llega a 24%. Las investigaciones se hacen en base a información proporcionada por la policía y por autoridades estaduales.

El comercio de esos productos provoca un descontrol sobre los compuestos químicos utilizados en los cultivos, llevando muchas veces a la ciudadanía a consumir comida con sustancias prohibidas y, obviamente, dañinas para la salud.

Según las organizaciones, la entrada al mercado se da mayoritariamente por la frontera, en especial por Paraguay, donde se tiene poco o casi ningún control sobre la producción de agroquímicos.

El presidente del IDESF, Luciano Stremel Barros, alerta que los productos sin estándares son, en general, consumidos por el mercado interno, ya que las grandes empresas tienen un control mayor sobre los agrotóxicos utilizados. “Ellos [las grandes empresas] acaban haciendo ese chequeo mayor de los productos que ellos están comprando para exportación. Quiero decir: estamos envenenando al mercado interno. Ese tipo de producto acaba golpeando a los brasileños”, afirma.

Barros dice que hay connivencia de compradores brasileños con el mercado del contrabando. “Si no tuviéramos compradores, no tendríamos el mercado ilegal”. Según el, el perfil de los compradores es vasto.

Contrabando o no, los agrotóxicos son perjudiciales

Alan Tygel, coordinador de la Campaña contra los Agrotóxicos, afirma que el consumo de productos sin verificación química puede agravar la situación de envenenamiento de la población brasileña.

“En el caso de los agrotóxicos que son contrabandeados de otros países, usted no tiene ese control sobre su fabricación. Esos agrotóxicos pueden contener sustancias aún más peligrosas que el agrotóxico en si”, resalta.

:: En 200 días Brasil concedió más licencias de agrotóxicos que la UE en 8 años ::

Tygel refuerza que condenar el uso de los productos contrabandeados no valida el uso de los agrotóxicos liberados en el Brasil. Para el, es necesario tener cuidado para que los datos no sean usados como falsa alerta por la industria del veneno.

“Ese discurso [de reforzar el uso de veneno ilegal] viene mucho de la industria de agrotóxicos. Ellos intentan culpar por todos los problemas de los agrotóxicos a los agrotóxicos ilegales, clandestinos”, dice.

El afirma que el alto índice de comercialización de productos ilegales no reduce los riesgos de los productos legales, también perjudiciales para la salud. “La industria intenta forzar ese discurso de que el problema es el uso equivocado, sin seguir las normas de uso, que el problema es son los agrotóxicos ilegales, pero obviamente una cosa no valida la otra. No tendríamos ninguna ventaja si no hubiera agrotóxicos ilegales”.

Editado por: Rodrigo Chagas | Traducción:. Pilar Troya
Ler em:
Inglês | Português
Tags: agrotóxicosmedio ambiente
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