Mobilização

Jornal Brasil Atual Edição da Tarde | 20 de janeiro de 2020

Marcha dos atingidos pelo crime da Vale em Brumadinho (MG) está entre os destaques do programa

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Ouça o programa ao vivo das 17h às 18h30 na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz) e através do site do Brasil de Fato
Ouça o programa ao vivo das 17h às 18h30 na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz) e através do site do Brasil de Fato - Juliana Almeida | RBA

Os atingidos e atingidas pelo crime da Vale em Brumadinho (MG) iniciaram nesta segunda-feira (20), uma marcha que durará seis dias para denunciar a impunidade e falta de reparação das vítimas, há um ano do que foi um dos piores desastres socioambientais do mundo nas últimas décadas. 

A tragédia, que completa um ano no próximo sábado (25), deixou 272 pessoas mortas. Onze pessoas não tiveram os corpos encontrados até agora. 

No Jornal Brasil Atual Edição da Tarde, conversamos com Joceli Andrioli, da coordenação nacional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), entidade que organiza a marcha. 

A marcha, que partiu de Belo Horizonte, fez duas paradas: em frente ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG), e em frente a Agência Nacional de Mineração. 

Andrioli explica porque o protesto no TJ-MG: "O Tribunal de Justiça de Minas Gerais tem sido conivente com os crimes da Vale, na medida em que tem uma morosidade imensa em garantir um plano de reparação adequada às famílias, e porque ninguém foi punido ainda, quatro anos depois do crime da Vale-BHP em Mariana, e já há um ano do crime em Brumadinho, a gente vê um processo de lentidão: os atingidos sem assessoria técnica, a Vale tendo o controle de tudo e de todos no território, a Vale definindo que tipo de programa vai fazer, sem a participação dos atingidos".

Em relação à responsabilização da mineradora, o dirigente do MAB afirma que "a primeira coisa importantíssima que o Judiciário deveria ter coragem de fazer é afastar o criminoso das vítimas e do cenário do crime. A Vale hoje tem superpoderes sobre decisões de o que fazer com o crime que ela cometeu. É um absurdo. Hoje a Vale faz o que bem entende no território, ela dita os programas de reparações".

O programa também recebeu o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, que afirmou que os erros nos resultados do Enem são fruto da irresponsabilidade na condução do Ministéro da Educação.

No final da tarde desta segunda-feira (20), o MEC decidiu ampliar o prazo do Sisu em 2 dias, até domingo (26), e afirmou que as notas erradas foram corrigidas.

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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, nas frequências da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e noroeste paulista (102.7 MHz), e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.

Edição: Mauro Ramos