Minas Gerais

Opinião

BH não precisava passar pelo que está passando

Não se pode impedir as chuvas pesadas, mas é possível diminuir seus efeitos negativos nas cidades

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Ruas e praças da capital mineira foram destruídas pela chuva desta última terça (28)
Ruas e praças da capital mineira foram destruídas pela chuva desta última terça (28) - Secom/MG

Mais uma vez: não se pode impedir as chuvas pesadas. Nem é bom que se fizesse isso, se fosse possível. Mas é possível diminuir seus efeitos negativos nas cidades.

Primeiro, com ampla participação social, discutindo com antecedência as medidas preventivas. E já tivemos isso em várias cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a experiência dos Orçamentos Participativos e conselhos municipais e regionais de todas ás áreas, como de política urbana, de saúde, habitação, saneamento etc.

Segundo, com ações fortes em obras estruturantes. O Programa de Aceleração do Crescimento, em sua segunda fase (PAC 2) reservava recursos para 'projetos executivos' que, por sua vez, eram muito importantes para acessar e buscar recursos que viabilizassem obras de drenagem. O PAC 2 e toda a estrutura de planejamento participativo que vinha sendo construída na cidade foram sendo desmontados, desde os tempos do ex-prefeito Marcio Lacerda (atualmente sem partido).

Terceiro, é urgente remontar as políticas e estruturas de acolhimento social construídas na capital desde 1993. Também isso vem sendo desmontado ao longo dos últimos anos.

O mais grave é que temos, infelizmente, dois grandes adversários das cidades: o governo federal e o estadual. E o imobilismo da PBH. São os governos dos desmontes sociais!

É preciso dar um basta a isso!

Neila Batista é vice-presidenta do PT-BH.

Edição: Elis Almeida