Erros do Enem

Secretário de Educação Superior pede demissão em meio à crise no MEC

Presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) chamou de "desastre" o ministro da Educação, após erros no Enem

São Paulo | Brasil de Fato |
Principal projeto do ex-secretário era o plano de reestruturação do financiamento do ensino superior público, batizado de Future-se
Principal projeto do ex-secretário era o plano de reestruturação do financiamento do ensino superior público, batizado de Future-se - Valter Campanato/Abr

O secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Júnior, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (30) em meio à crise no Ministério da Educação (MEC) -- ocasionada pelos erros na correção de quase 6 mil provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), de acesso às universidades públicas.

Em carta enviada aos colegas, Arnaldo Barbosa diz que pediu para sair do cargo por “motivos pessoais”. Seu principal projeto no cargo era o plano de reestruturação do financiamento do ensino superior público, anunciado com o nome de Future-se.“O envio do Projeto de Lei [do Future-se] para o Congresso Nacional encerrará minha missão no glorioso Ministério da Educação”, diz o ex-secretário no texto de despedida do cargo.

Ainda nesta quinta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Após participar de evento para investidores em São Paulo, Maia disse que Weintraub é um “desastre” e afirmou que o ministro “brinca com o futuro de milhões de crianças do Brasil, atrapalha o futuro das novas gerações e compromete a administração da educação no país com um discurso ideológico e ineficiente”.

Maia já havia criticado Weintraub em evento na última quarta-feira (29). "Como faz para um investidor olhar para um ministro da Educação desse? Nosso país não tem futuro, né? Parece um passado ruim, porque conseguiu fazer de um cara desse o ministro da Educação”, afirmou durante evento com economistas e investidores.

Edição: Brasil de Fato