Damasco, na Síria, amanheceu nesta quinta-feira (10) sob um bombardeio da aviação militar de Israel que atacou a capital depois de ter lançado uma série de misseis contra as Colinas de Golã, no sudoeste do país, um dia antes. Os principais alvos de ataque foram unidades militares do Irã deslocadas na Síria e sistemas de defesa antiaérea sírios, no entanto, vários bairros foram atingidos.
De acordo com a imprensa síria, foi possível ouvir as explosões provocadas pelos bombardeios de Israel em diversos pontos de Damasco. Apesar da potência bélica israelense, porém, a Síria conseguiu rapidamente reduzir danos. Vários “mísseis israelenses foram interceptados pela defesa antiaérea e abatidos um após outro”, informou a agência síria oficial de notícias.
Um dia antes, nesta quarta-feira (9), as forças de guerra israelenses já haviam atacado com fogo de artilharia as Colinas de Golã sírias. O exército sírio lançou em resposta mais de 20 mísseis contra posições do regime de Israel nos territórios ocupados por Tel Aviv, no sul da Síria.
Nesse mesmo dia, o exército sírio tinha informado que sua defesa antiaérea derrubou dois dos mísseis israelenses que se dirigiam para o sul de Damasco. Esse ataque resultou em 15 pessoas mortas.
Em um ataque de represália, o exército sírio lançou mais de 20 mísseis contra as posições do exército do regime israelense nas Colinas de Golã ocupadas, no sudoeste da Síria, depois que as forças de guerra israelenses assaltaram a cidade síria de Al-Quneitra.
A agência síria oficial de noticias, SANA, confirmou que vários mísseis israelenses foram lançados na região sul do país. Entretanto, os sistemas de defesa antiaérea sírios conseguiram interceptar múltiplos foguetes israelenses lançados contra o oeste de Damasco.
Depois desses ataques, o exército israelense ativou as sirenes de alerta de foguetes nas Colinas de Golã diante do temor de que as forças sírias lançassem ofensivas em represália, como foi o caso, pois o exército sírio disparou 20 mísseis contra as posições militares de Israel na zona.
Vale ressaltar, porém, que trata-se da primeira vez em décadas que o exército sírio lança ataques de represália contra posições do regime de Tel Aviv nas Colinas de Golã ocupadas.
Desde a eclosão do conflito na Síria em 2011, foram frequentes os ataques aéreos e com fogo de artilharia das forças israelenses contra as posições do exército sírio. O regime de Tel Aviv levou a cabo ao menos 150 bombardeios na Síria desde que começou a guerra contra o país árabe, de acordo com o embaixador israelense na Rússia, Zvi Magen.
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