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Economia

Alteração da taxa de juros do BNDES compromete crescimento futuro

Câmara dos Deputados votou últimos destaques em relação à medida

01.fev.2020 às 18h40
Brasília (DF)
Rafael Tatemoto
Medida Provisória aproxima taxa de juros de empréstimos do BNDES aos praticados pelo mercado privado

Medida Provisória aproxima taxa de juros de empréstimos do BNDES aos praticados pelo mercado privado - Agência Brasil

Após aprovar o texto-base da Medida Provisória (MP) 777, que modifica a taxa de juros do BNDES, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (30) os últimos destaques relacionados à matéria, apresentados por parlamentares da oposição. Para representantes dos funcionários do Banco e do setor industrial, a alteração compromete o crescimento econômico a médio prazo do país.

Ao Brasil de Fato, Mário Bernardini, diretor de competitividade da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), classificou a mudança como “um tiro no pé”. Arthur Klobitz, economista do Banco e vice-presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, entende que o país está “abrindo mão” de seu banco público de desenvolvimento. 

O texto da MP segue para o Senado, que tem o prazo de 6 de setembro para votar a matéria. Em caso contrário, a Medida perde sua validade. 

A MP extingue a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), aplicada aos empréstimos do BNDES, e cria a Taxa de Longo Prazo (TLP). Apesar do nome similar, há grandes diferenças entre as duas. A primeira é mais barata ou muito próxima à Selic, taxa básica da economia brasileira utilizada no pagamento das dívidas contraídas pelo Estado. Já a segunda se aproxima dos níveis praticados pelo mercado privado. 

Atualmente, a taxa Selic está no patamar de 10,25% ao ano. Os juros cobrados por bancos privados, entretanto, apenas partem desse nível. Em 2016, a taxa média de aplicação – ou seja, juros finais aos clientes – para empresas nos mercados privados foi de 28%. A TJLP, no mesmo período, não passou de 7,5%, nível que permaneceu em 2017. Isso significa que, hipoteticamente, o tomador de empréstimo de R$ 100 no BNDES deveria pagar R$ 107 ao final de um ano. Nos bancos privados, para o mesmo valor, pagaria R$ 128. 

Koblitz afirma que a procura pelo BNDES vem justamente da sua taxa diferenciada em relação à Selic. 

“O BNDES, assim como todo banco de desenvolvimento, tem como fundamento de funcionamento a capacidade de oferecer rendas ao setor privado que resolva fazer o que o Banco considere importante. Por exemplo, inovar. O Banco financia a atividade de inovar com uma taxa que estimula os investimentos. Todo banco de desenvolvimento tem que ter capacidade de gerar alguma vantagem especial para o tomador de crédito”, diz. 

Historicamente, o BNDES foi um dos principais fatores da industrialização e montagem da infraestrutura nacional, a partir dos anos 50, data de sua fundação. Nas décadas de 80 e 90, passa por uma reorientação, promovendo privatizações. Nos anos 2000, tenta resgatar seu papel como indutor da atividade econômica. 

O representante da Abimaq defende que a opção por diminuir aportes ao setor produtivo só faria sentido mediante outras mudanças, de caráter macroeconômico. 

“O que interessa é que a TLP é mais cara que a TJLP. O objetivo do governo é diminuir o subsídio. Em um país 'normal', se reduz subsídio [também] reduzindo a Selic, que é excessivamente elevada. Aqui nós temos juro real de 6% ao ano, no resto do mundo, o juro real é negativo, zero ou, quando positivo, 0,5%. Se reduzisse a Selic, a TJLP é que seria cara. O governo tem razão no objetivo, mas não na forma. A convergência entre as duas taxas deveria ser feita pela redução da Selic”, resume. 

Bernardini também explica os efeitos da substituição de taxas sobre o cenário nacional. 

“O resultado prático de eliminar a mais baixa e taxar pela mais alta é que se encarece o investimento em um país que não está investindo nada. A função do investimento é garantir o futuro. A China investe 35% do PIB. Nós investíamos, até antes da crise, 20%, que é muito pouco. Hoje, investimos 15%. Não investir, ou dificultar o investimento, compromete o crescimento futuro. Com isso, vem todo o resto: desemprego, salário baixo, país pobre. Nós deveríamos estar tomando medidas para elevar o investimento”, projeta. 

Há, segundo Bernardini, uma relação direta entre o nível de investimento, até recentemente garantido pela TJLP, e o crescimento econômico: “TJLP estava razoavelmente abaixo do custo do dinheiro no país, nós chegamos a um investimento da ordem de 25% do PIB. Um número que poderia levar o país a crescer 3% ou 4% ao ano. Há uma relação direta entre volume de investimento e futuro do crescimento. Se investisse 35%, garantiria que daqui há 4 anos cresceria 5% ao ano. Um investimento de 15%, como estamos tendo, garante um crescimento na ordem de 1,5%”. 

Bernardini explica que a TJLP, ao conceder dinheiro mais barato, ajuda o setor produtivo. Seu fim, por outro lado, aprofunda a ausência de incentivo à indústria, em benefício do setor bancário.

“Quando você vai uma casa própria, você toma cuidado para que o custo dos juros seja compatível com o crescimento da sua renda. Se você espera que seu salário aumente 5% ao ano, você não pode ter juro real de mais de 5%, se não você vai ter que devolver a casa”, diz. O mesmo raciocínio vale para o investimento empresarial.

“Então, não é possível ter o financiamento de uma máquina acima de 10% ao ano, se não, não vou pagar. Com a TJLP, a máquina custa 14% ao ano. Já não é um bom negócio. Se mudar para TLP, vai custar 18% ao ano. É uma loucura. Então, eu não invisto. Há um desestímulo. Se você ganhar na loteria, vai abrir uma fábrica ou colocar no banco?”, provoca o diretor da Abimaq. 

Koblitz traça também um cenário pessimista, de desconfiguração do BNDES, e critica a velocidade e falta de participação na decisão. 

“Sem dúvida, torna o crédito do BNDES menos atrativo. O papel do Banco vai ser restringido. Os recursos vão ficar parado no caixa e vão recolher o dinheiro do banco. É uma estratégia clara de destruição. O BNDES tem que investir em grandes empresas se pretende influenciar a taxa de investimentos no país. Mas não é apenas a estratégia de apoio aos campeões nacionais que está comprometida. Qualquer estratégia que o BNDES decidir tomar estará comprometida. Nem a sociedade nem o Congresso tiveram o tempo necessário para debater isso”, conclui. 
 

Editado por: Vanessa Martina Silva
Tags: bndes
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