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Temer

Análise: A bravura indômita de Michel Temer

O presidente não eleito não foi, por exemplo, ao velório das vítimas da tragédia da Chapecoense por receio de vaias

19.dez.2016 às 18h37
Updated On 01.fev.2020 às 18h37
The Intercept
Joao Filho
Presidente não eleito Michel Temer

Presidente não eleito Michel Temer - Presidente não eleito Michel Temer

Michel Temer é um governante que não teve a chancela das urnas e não se sente amarrado a este importante contrato democrático com a população. Com apoio maciço do Congresso e da grande imprensa, o não eleito parece bastante à vontade para tomar medidas impopulares e cruéis como a PEC do Apocalipse e a reforma da Previdência. O discurso de que essas medidas são um mal necessário para recuperar a economia escamoteia a opção política de botar a crise no lombo da maioria da população que depende do Estado – e esta não é uma questão de opinião, mas um fato. Uma ex-diretora de Educação do Banco Mundial, analistas alemães e até o aliado Geraldo Alckmin (PSDB) observam a gravidade que é o congelamento de gastos nos serviços públicos.

Temer tem se apresentado como o médico da nação que está tendo peito para enfiar goela abaixo do povo um remédio amargo. Ele não estaria preocupado com sua popularidade, mas com o futuro do Brasil, tanto que tem feito questão de ressaltar sua própria coragem em discursos públicos:

“Hoje, no Brasil, se você não tiver coragem, você não consegue governar. Se você não tiver coragem, para que eu vou restringir os gastos num governo de dois anos e pouco? Nenhum sentido teria essa restrição.”

“Nós precisamos reformar a Previdência hoje para garantir a Previdência amanhã. E por isso nós temos coragem. Coragem para fazer coisas aparentemente impopulares, mas que gerarão popularidade logo ali adiante.”

“Se não tivéssemos coragem, para que eu vou mexer na questão da Previdência?”

É sobre essa coragem de quem ostenta o verbo “temer” no sobrenome que vamos nos debruçar. Ela pode ser facilmente comprovada através de manchetes dos grandes jornais:

Não bastou o temor das vaias nas Olimpíadas, o não eleito se tremeu todo até mesmo com a possibilidade de ser vaiado em velórios. Essa semana, Temer evitou a cerimônia fúnebre de Dom Paulo Evaristo Arns por medo de vaias, mas o caso mais emblemático foi o das vítimas da tragédia da Chapecoense, quando Temer anunciou que não iria, mas acabou mudando de ideia depois que o pai de uma das vítimas afirmou que ele “deveria ter vergonha na cara”. Diante do desastre que comoveu o mundo, este brasileiro que se julga destemido, que diz não ter medo de tomar medidas impopulares, fez cálculos para saber o que seria mais danoso para a sua imagem. Quando Temer diz que “hoje, no Brasil, se você não tiver coragem, você não consegue governar”, fica até parecendo um pedido implícito de renúncia, já que os fatos comprovam que este atributo inexiste em sua personalidade.

Em seu primeiro ano de governo, Dilma demitiu sete ministros envolvidos em casos de corrupção. Michel Temer, em pouco mais de seis meses, perdeu seis ministros pelo mesmo motivo, mas não teve coragem de demitir oficialmente nenhum. Coragem que lhe sobrou na hora de demitir 61 garçons, copeiros, encarregados e auxiliares de serviços gerais do Palácio do Planalto.

Antes de colocar sua turma para aprovar a PEC do Apocalipse e impulsionar a reforma da Previdência, Temer aumentou salário do Judiciário, as verbas para as Forças Armadas e as verbas para a imprensa — não é à toa que alguns veículos o considerem o Brasileiro do Ano. O Maquiavel de Tietê (falo da sua cidade natal, não do rio) afagou muito bem essas elites antes de mandar a conta da crise para os mais pobres pagarem — o que me parece muito mais um ato de covardia do que de coragem.

Com um presidente fraco, decorativo, ilegítimo, rejeitado pela maioria da população e sem perspectivas de melhora na economia, cresce a possibilidade de Temer não conseguir terminar o governo. Até um importante aliado como Ronaldo Caiado (DEM) já anda pedindo “um gesto maior” do presidente: a sua renúncia e “antecipação do processo eleitoral”.

Eleições diretas parecem ser o único caminho possível para tirar a democracia brasileira do buraco e lhe dar legitimidade, mas o núcleo político de Temer já se apressou para barrar a possibilidade do povo escolher o seu presidente caso haja renúncia. Eles querem, na pior das hipóteses, eleições indiretas. Aí, meus amigos, é só aguardar qual será o próximo homem branco, rico e de fibra que será escolhido pelo congresso mais conservador desde 1964.

Editado por: Redação
Tags: chapecoense
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