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Inusitado

Exposição de baleias marca reabertura do aquário mais antigo do Brasil, no Pará

O habitat natural dos animais são as águas frias dos polos, mas é comum encontrá-las encalhadas no norte do Pará

06.out.2019 às 13h32
Belém (PA)
Catarina Barbosa

O aquário passou por reformas que melhoram a acústica para visitantes e garantem o bem-estar dos animais. - Catarina Barbosa

Baleia na Amazônia. Se alguém te dissesse que esse animal foi encontrado na região amazônica você provavelmente duvidaria. Mas acredite. O fato é tão real que as provas que deram origem à exposição "Baleia à vista" seguirá aberta ao público por tempo indeterminado, no Aquário Jacques Huber, dentro do Parque Zoobotânico Emílio Goeldi, em Belém, no Pará. 

O espaço reabre depois de quatro meses fechado e recebeu uma série de melhorias para os animais. Antes desse tempo, o aquário chegou a ficar fechado por 13 anos. A reabertura integra as celebrações do aniversário do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), que completa 153 anos neste domingo (6).

Exposição também busca alertar para a possível extinção das baleias. Atualmente, oito espécies integram a lista de risco de extinção. Foto: Catarina Barbosa.

Fundado em 1911 para integrar o complexo de pesquisa e estudo do MPEG, o aquário recebeu o nome do botânico Jacques Huber (1867-1914), que na época dirigia o espaço, com o apoio do desenhista Ernst Lohse (1873-1930). No local, há peixes e répteis que fazem parte do habitat amazônico. Mas a exposição de longa permanência resolveu dar destaque a um animal que não é característico da região: as baleias.

A escolha se deu por dois motivos: o primeiro é que as baleias escolhem as águas quentes próximas à linha do equador por uma questão reprodutiva; a segunda é na verdade um alerta para o risco de extinção desses animais. Em países como Noruega, Islândia e Japão a caça é liberada. Além disso, as mudanças climáticas, a poluição dos mares e a captura acidental também colocam em risco a existência das baleias. Atualmente, oito espécies constam na lista de extinção, sendo que algumas delas foram encontradas encalhadas no Pará.

A baleia da espécie Fin foi encontrada em Quatipuru, no nordeste do estado do Pará. Foto: Acervo/MPEG.

Um planeta interligado

As mudanças climáticas e o desmatamento desenfreado dos últimos anos fazem perceber que o planeta é um só e estamos todos interligados. As baleias, por exemplo, são de água fria, o que difere totalmente da temperatura das águas amazônicas. O que explicaria esses animais em território brasileiro, então? A coordenadora da museologia do Museu Emílio Goeldi, Sue Costa, explica que a migração ocorre em função da reprodução da espécie e tentativa de sobrevivência dos filhotes.

“Elas encalham, na verdade, na costa norte, no Marajó. O habitat natural dessas baleias são as águas muito frias dos polos. Só que durante um determinado momento, sobretudo, no momento de acasalamento, elas migram para o equador, porque é um ambiente mais quente", explica Barbosa.

Segundo  a coordenadora, as baleias se encontram nesse ambiente para procriarem, já que os filhotes não nascem com uma quantidade suficiente de gordura para aguentar as águas geladas. "Logo, elas ficam por um tempo próximo a linha do equador enquanto esse bebê está se alimentando, mamando e crescendo. Depois de um certo tamanho, elas voltam a migrar de novo para o ambiente delas".

Nesse período, conta Barbosa, as baleias ficam extremamente fragilizadas, já que a alimentação delas é basicamente nos polos e acaba passando todo esse período praticamente sem se alimentar. Com isso, parte dessas baleias acabam morrendo e chegam na costa do Pará.

Nadadeira de baleia encontrada encalhada, no Pará. Foto: Catarina Barbosa.

Apesar de se tratar de animais que, infelizmente, encalharam e acabaram morrendo, a exposição reforça a dinâmica do ecossistema. Isso porque se não estivessem encalhadas, dificilmente elas seriam vistas próximas ao litoral da zona costeira da Amazônia, uma região com cerca de 300 quilômetros de extensão de plataforma continental e com águas de baixa profundidade. A coordenadora diz ainda que pensar e executar a exposição foi um esforço que demandou trabalho de muitas pessoas do museu.

“Essa exposição ‘Baleia à Vista’ tem uma forma de apresentar para as pessoas uma informação que a gente quase sempre desconhece, que é o encalhe das baleias na costa norte do Pará. Fazer uma exposição desse tamanho tem o trabalho de quase um ano, desde a idealização até a preparação do material para serem exibidos", explica. 

Com curadoria dos biólogos Horácio Higuchi e Renata Emin, a exposição reúne esqueletos e peças ósseas de cinco espécies de baleias que passam pela Costa Norte do Brasil: baleia-fin (Balaenoptera physalus), baleia-azul (Balaenoptera musculus), baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) e cachalote (Physeter macrocephalus). 

O Aquário também recebeu o reforço de seis novas espécies de peixes. Foto: Catarina Barbosa.

O acervo disposto na exposição inclui os ossos da baleia-jubarte – resgate mais recente, ocorrido em fevereiro deste ano, em um manguezal no município de Soure, no Marajó (PA). A mostra é uma realização do Museu Goeldi e do Instituto Bicho D’água, com investimentos da iniciativa privada e o apoio do Instituto Peabiru, que coordena o ProGoeldi.

Melhorias

Para melhorar o conforto acústico no aquário tanto em atenção aos animais quanto ao público, foram aplicadas placas levíssimas de fibras minerais em cerca de 88 metros quadrados no forro do prédio.

O isolamento alcançado evita que reverberem ruídos no salão e garante um nível aceitável de propagação do som no ambiente.


Núbia Oliveira visita a exposição junto ao seu filho, Enzo Gabriel. Ela acredita que o conhecimento desenvolve a consciência ambiental. Foto: Catarina Barbosa.

Conhecer para preservar

Núbia Oliveira, 50 anos, que estava na exposição com o filho Enzo Gabriel, de 8 anos, disse que não sabia que haviam baleias no Pará. Isso demonstra, segundo Núbia, que o conhecimento é imprescindível para desenvolver a consciência ambiental

“As crianças aprendem nas visitas as histórias de cada animal, a localização, onde são encontrados, a alimentação. A gente aprende a dar valor e a preservar aquilo que a gente tem”, afirma.

O filho dela, Enzo Gabriel, já tinha ido ao local antes, mas conta que sempre pede para a mãe levá-lo ao espaço. Gabriel diz que pretende visitar mais vezes o museu, já que o universo aquático o atrai. “Ossos de baleia, peixes, arraias, enguias elétricas. Eu tenho interesse pelos peixinhos. Eu vou vir aqui mais umas cem mil vezes enquanto esse lugar existir”, conta animado.

O parque zoobotânico recebe entre 300 a 400 mil visitantes por ano. No local, há mais de 1.700 animais de 80 espécies de fauna e 2 mil indivíduos de 500 espécies de flora.

Editado por: Luiz Felipe Albuquerque
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