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PLANTE RIO

Feira agroflorestal acontece sexta (14) e sábado (15) na Fundição Progresso, no Rio

Encontro reúne agricultores, pesquisadores e consumidores interessados em trocar experiências 

14.out.2016 às 18h37
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h37
Rio de Janeiro (RJ)
Fania Rodrigues
Desde 1996 agricultores vêm desenvolvendo técnicas de plantio e cultivo agroflorestais no Rio

Desde 1996 agricultores vêm desenvolvendo técnicas de plantio e cultivo agroflorestais no Rio - Desde 1996 agricultores vêm desenvolvendo técnicas de plantio e cultivo agroflorestais no Rio

Produtores e pesquisadores agroflorestais estão reunidos no Rio de Janeiro no evento Plante Rio, que é realizado nesta sexta-feira (14) e sábado (15), na Fundição Progresso, na Lapa, centro do Rio, para comemorar 20 anos do Mutirão Agroflorestal e para trocar experiências. Durante esses dois dias de encontro no Rio de Janeiro, camponeses, pesquisadores, estudantes e o público em geral, poderão trocar ideias, experiências e discutir novas formas de viver e cultivar sem degradar o ambiente. A programação inclui shows musicais, como Lenine, nessa sexta (14) e Nação Zumbi, no sábado (15). Além disso, há uma praça de alimentação e uma feira com produtos agroflorestal.

Em um mundo dominado pelas grandes empresas de agrotóxicos e sementes transgênicas, falar em produção de alimentos ecológicos é quase uma utopia, sobretudo se o plantio é agroflorestal. Isso significa dizer que os alimentos foram produzidos não apenas sem veneno, mas também em conjunto e em harmonia com as árvores e vegetação nativa.

No entanto, um grupo de agricultores está mostrando que isso é possível. Desde 1996 eles vêm desenvolvendo técnicas de plantio e cultivo, também chamada de sintrópica, que permite ter uma produção de alimentos que respeita a natureza.

“A gente tenta caminhar junto com o meio ambiente. O que fazemos é mais que plantar sem veneno, é uma cultura de vida. No final do dia a sensação que fica é de missão cumprida. Não estamos degradando a natureza, na verdade estamos recuperando. É algo, inclusive, espiritual”, destaca a agricultora Denise Amador. Ela é uma das pessoas, que há 20 anos começou a desenvolver a técnicas agroflorestal. O método foi inventado por agricultor suíço, Ernst Gostch.

Denise, uma das pioneiras nesse tipo de experiência no Brasil, afirma hoje que mais de 5 mil agricultores já plantam usando essa técnica natural, que respeita a natureza.

Dona Dilza Regina Campos é uma dessas agricultoras. Ela mora há 18 anos em um assentamento da reforma agrária, no município de Casimiro de Abreu (RJ) e faz milagre nos seus 10 hectares de terra. Ela produz pelo menos 20 tipos de alimentos, como aipim, abobora quiabo, vegetais, pimenta, banana, tomate, frutas e verduras diversas.

“Eu tinha quatro filhos pequenos, todos eles me ajudavam na roça, e eu não podia envenenar meus filhos. Foi isso que fui atrás, para aprender a plantar sem veneno. Hoje, vejo meus netos crescendo e um dia vou ensinar tudo o que sei para eles”, relata a Dona Dilza.

Na mesma fazenda, cerca de 90 camponeses produzem alimentos. Dona Dilza só reclama da falta de incentivo do governo. “Há 16 anos que não recebemos nenhum tipo de financiamento. Se um dia a gente parar de plantar, quero ver o que eles, os políticos, vão comer”, critica a camponesa. Dados do governo federal mostram que a agricultura familiar produz 70% dos alimentos consumidos por brasileiros.

Larga escala

Quem pensa que técnicas como a agroflorestal e agroecologia permitem a produção de apenas pequenas quantidades de alimentos está enganado. O produtor rural Rodrigo Junqueira mostra que é possível respeitar o ambiente e plantar em grandes quantidades. Ele cultiva uma área de 400 hectares, no município de São Joaquim da Barra (SP).

“Estamos começando a introduzir algumas máquinas, principalmente no corte do capim e no manejo da matéria orgânica. Mas a gente precisa criar máquinas para esse novo tipo de cultivo”, destaca o produtor.

Junqueira conta que começou a fazer experiências com a técnica agroflorestal em 1997, em uma região dominada pela plantação de cana-de-açúcar, um dos cultivos que mais degrada a terra.

 “A gente sempre começou plantando mandioca, abóbora, milho, feijão. Depois partimos para bananas, mamão e a fruteiras, como laranja abacate, manga e café”, diz Junqueira. Para o produtor rural é preciso respeitar a natureza. E imitá-la. “A ideia é exatamente imitar a natureza e ter muitas plantas crescendo juntas. O Brasil é o país campeão em biodiversidade, temos que aprender com a floresta natural. Assim construímos nossa floresta agrícola, as plantas são misturadas mesmo e plantamos em ciclos de vida”, explica.

Durante esses dois dias de encontro no Rio de Janeiro, camponeses, pesquisadores, estudantes e o público em geral, poderão trocar ideias, experiências e discutir novas formas de viver e cultivar sem degradar o ambiente. A programação inclui shows musicais, como Lenine, nessa sexta (14) e Nação Zumbi, no sábado (15). Além disso, há uma praça de alimentação e uma feira com produtos agroflorestal.

Segundo a agricultora Denise Amador, uma das idealizadoras do evento, essa também é uma maneira de tentar chamar a atenção das pessoas que é possível produzir e consumir produtos sem veneno.

“O Brasil é o mais rico em biodiversidade do mundo, de terras férteis, própria para cultivar à vida, mas temos uma agricultura que mata a vida com agrotóxicos, contaminando tudo. Há 20 anos estamos mostrando que é possível cultivar de outra forma, sem veneno e sem degradação”, destaca.

 

Editado por: Redação
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